Eis que surge mais um capítulo digno de roteiro de thriller político – daqueles que nem Hollywood ousaria imaginar. Acontece que o pedido de asilo enviado pela cúpula bolsonarista ao presidente argentino Javier Milei carregava uma carga pesadíssima: fake news estrategicamente posicionadas sobre supostas ameaças à segurança de Jair Bolsonaro.
Parece ficção, mas não é. Fontes próximas ao Palácio da Alvorada confirmaram que a documentação apresentada aos argentinos misturava fatos reais com distorções graves, tudo para criar um cenário de perseguição política que justificasse o acolhimento.
O jogo da informação
Detalhes? Eles são suculentos. O documento mencionava supostos "atos violentos" contra apoiadores de Bolsonaro – muitos deles já desmentidos pela própria Polícia Federal – e amplificava incidentes menores como se fossem grandes conspirações. Uma estratégia clássica de quem quer convencer pelo volume, não pela verdade.
E não parou por aí. Incluía ainda alegações sobre riscos específicos à vida do ex-presidente, todas sem embasamento em investigações oficiais ou relatórios de inteligência. Tudo soava mais como um roteiro de drama do que um pedido diplomático.
Os argentinos não engoliram
O governo Milei – surpresa! – não comprou a história toda. Analistas de Buenos Aires identificaram inconsistências gritantes nas alegações e resolveram checar cada ponto. Resultado? Boa parte das informações era inflada, quando não inventada.
Não é todo dia que um pedido de asilo político é recusado por conter narrativas fabricadas. Mas ei, estamos falando de tempos extraordinários, não?
O silêncio da equipe de Bolsonaro sobre o assunto é, no mínimo, estridente. Enquanto isso, nas redes sociais, os apoiadores seguem repetindo as mesmas alegações que já foram desmontadas pelos próprios argentinos. Ironia? Talvez. Ou só política como usual.
Resta saber quem exatamente achou que misturar notícias falsas com um pedido formal seria uma boa ideia. Porque, convenhamos, não foi.
