
Parece que a criatividade dos golpistas não tem limites. A Anvisa acaba de levantar a bandeira vermelha sobre uma prática que, francamente, é de assustar qualquer um: anúncios fraudulentos do medicamento Mounjaro circulando por aí como se fossem legítimos.
E olha que o negócio é sério — estamos falando de um remédio controlado, daqueles que exigem receita médica e toda uma burocracia para conseguir. Mas os malandros, esses não perdem tempo. Criaram propagandas tão convincentes que até quem é esperto poderia cair.
Onde esses anúncios fantasmas aparecem?
As plataformas preferidas dos vigaristas? Instagram, Facebook e até no TikTok. Sim, aqueles mesmos lugares onde você vê receitas de bolo e dancinhas virais. A ironia é dolorosa.
Os anúncios — que parecem profissionais, diga-se de passagem — prometem entregas rápidas, preços "imbatíveis" e o pior: sem a necessidade da bendita receita. É como oferecer um carro zero sem documentação. A tentação é grande, mas o preço pode ser a própria saúde.
O que a Anvisa descobriu exatamente?
A vigilância sanitária fez um trabalho de detetive digital e identificou várias contas falsas operando à luz do dia. Algumas características desses anúncios que saltam aos olhos:
- Fotos profissionais demais para ser verdade
- Promoções "imperdíveis" que beiram o absurdo
- Perfis que surgiram do nada e não têm histórico
- Ausência total de informações sobre a farmácia ou empresa
É aquela velha história: quando a esmola é demais, o santo desconfia. E nesse caso, o santo deveria estar gritando.
E os riscos? São enormes!
Comprar remédio na internet sem saber a origem é como jogar roleta russa com a saúde. Pense bem:
- Você não sabe o que está tomando — pode ser farinha, pode ser veneno
- Não há controle de qualidade nenhum
- O produto pode estar vencido, contaminado ou simplesmente errado
- Efeitos colaterais imprevisíveis podem aparecer
É brincar com fogo, literalmente. E o pior: muitas pessoas buscam esses medicamentos por desespero, vulnerabilidade que os golpistas exploram sem pudor.
Como não cair nessa armadilha digital?
A regra de ouro é simples, mas crucial: medicamento controlado se compra em farmácia física, com receita e orientação médica. Ponto final.
Algumas dicas práticas que podem salvar você de uma fria:
- Desconfie de preços muito abaixo do mercado — se parece bom demais pra ser verdade, provavelmente é
- Exija sempre a receita médica — se oferecerem sem, é bandidagem na certa
- Verifique se a farmácia online é autorizada pela Anvisa
- Não clique em links suspeitos, mesmo que venham de "amigos"
Parece exagero? Talvez. Mas melhor prevenir do que remediar — no sentido mais literal possível dessa expressão.
A Anvisa já está tomando as providências, mas a verdade é que enquanto houver gente disposta a comprar, haverá malandro vendendo. A responsabilidade, no fim das contas, é de todos nós.
Fica o alerta: sua saúde não é mercadoria para ser negociada em esquema duvidoso. Cuide-se — e desconfie sempre.