
Eis que a tranquilidade da serra catarinense é sacudida por uma investigação que cheira mal — e não é do lixo. A Polícia Civil decidiu botar a mão na massa e desvendar o que parece ser um daqueles esquemas que a gente só vê em filme.
Nada menos que R$ 72 milhões em jogo. Sim, você leu certo. É dinheiro que sai do bolso do contribuinte e vai parar sabe-se lá onde.
Operação Abafa: Não É Só o Lixo Que Tava Sendo Escondido
A tal "Operação Abafa" — que nome mais apropriado, não? — cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (22). Os alvos? A sede da prefeitura de Palhoça e empresas que teriam participado de uma licitação, digamos, "maquiada".
Segundo as investigações, o edital foi desenhado sob medida para beneficiar certas empresas. Coincidência? O Ministério Público de Santa Catarina duvida muito.
O Jogo Sujo dos Pregões
Parece que alguém resolveu brincar de Deus nas licitações. Alteraram critérios técnicos, manipularam cláusulas e fizeram das exigências um verdadeiro tapete vermelho para as empresas escolhidas a dedo.
E o pior? Tudo isso envolve o serviço de coleta de lixo — algo básico, essencial, que afeta diretamente a vida de milhares de pessoas.
Não é de hoje que se fala em irregularidade em licitações, mas dessa vez a coisa parece ter ficado séria. A polícia apreendeu documentos, computadores e uma penca de provas que podem incriminar os envolvidos.
As Empresas no Centro do Furacão
Duas empresas em particular estão na mira das investigações: a Expresso Coleta e a Pro Ambiental. A primeira, pasmem, já tinha sido contratada antes mesmo do processo licitatório terminar. Cheiro de premeditação?
A segunda, a Pro Ambiental, entrou no jogo depois, assumindo parte do contrato. E adivinhem? Ambas são suspeitas de terem combinado lances entre si. Um verdadeiro conchavo às custas do erário público.
O procurador-geral de Justiça, Luiz Antonio Guimbala, foi direto ao ponto: "Há fortes indícios de direcionamento e manipulação do certame". Em outras palavras: armação na certa.
E Agora, José?
A prefeitura, claro, se defende. Diz que tudo foi feito dentro da lei e que vai colaborar com as investigações. Mas a pergunta que fica é: até que ponto a administração pública está realmente servindo ao público?
Enquanto isso, os moradores de Palhoça ficam naquele limbo — pagando impostos para ter um serviço essencial, sem saber se estão sendo roubados duas vezes: pelo lixo que acumula e pelo dinheiro que some.
O caso segue sob investigação, e promete dar ainda mais pano pra manga. Afinal, quando se mexe em lixo, sempre aparece mais coisa fedorenta.