Ex-presidente da Cohab condenado: dinheiro público bancou viagem luxuosa à Europa
Ex-presidente da Cohab condenado por desvio de verba

Eis que a Justiça finalmente chegou para mais um caso que cheira mal – muito mal. O ex-presidente da Cohab (Companhia de Habitação Popular) de Bauru, José Carlos Fernandes, acabou de ser condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A razão? Uma daquelas manobras clássicas que beiram o absurdo.

O cara simplesmente usou o dinheiro público – aquele que deveria construir casas para quem precisa – para bancar uma viagem particular dele e da esposa para a Europa. Sim, você leu certo: Europa.

Os valores que chocam

Aqui vai o detalhe que dói no bolso de qualquer contribuinte: ele gastou nada menos que R$ 13,6 mil só em passagens aéreas. Em valores de hoje, isso daria uma bela de uma entrada num apartamento popular, não é mesmo?

E olha que a defesa tentou argumentar que a viagem tinha caráter "educativo". Educativo como, cara pálida? A menos que "aprender a tomar café em Paris" ou "estudar a arte de fotografar no topo da Torre Eiffel" sejam considerados cursos de capacitação em gestão pública, a desculpa não cola. Nem aqui, nem na China.

O que diz a sentença

O desembargador José Augusto Marzagão não só manteve a condenação de primeira instância como ainda aumentou a dose. Fernandes foi condenado a restituir os R$ 13,6 mil aos cofres públicos – com correção monetária, é claro – e ainda pagar 10 dias-multa. Ou seja, o prejuízo vai sair bem mais salgado do que aquela viagem prazerosa pela Europa.

E tem mais: a condenação é por improbidade administrativa, o que significa que ele pode ficar inelegível por até 5 anos. Um preço alto por uns dias de passeio nas terras do velho mundo.

O caso já vinha rolando desde 2015 – sim, a Justiça pode ser lenta, mas eventualmente ela chega. A promotoria conseguiu provar que não havia qualquer justificativa técnica ou legal para aquela gastança toda com dinheiro que não era dele.

Enquanto isso, em Bauru, muitos ainda esperam por moradia digna. Ironia das ironias, não?