Conselheiro do TCE-MS afastado por suspeita de corrupção recebeu mais de R$ 1 milhão em salários
Conselheiro afastado do TCE-MS recebeu R$ 1 milhão

O que você faria se fosse afastado do trabalho por suspeita de irregularidades graves? Provavelmente não continuaria recebendo salário, certo? Pois no Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul a lógica parece ser outra — bem mais generosa para quem está na mira da Justiça.

Um conselheiro do TCE-MS — cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente — está no centro de um escândalo que mistura corrupção, afastamento e... muito dinheiro. Desde que foi afastado do cargo por suspeitas de desvios, o tal conselheiro embolsou nada menos que R$ 1 milhão em vencimentos. Sim, você leu certo: um milhão!

Dinheiro que não para de cair

Os detalhes são de deixar qualquer contribuinte com os cabelos em pé:

  • O afastamento ocorreu há vários meses, mas os depósitos bancários continuaram religiosamente
  • O valor total já ultrapassou a marca dos sete dígitos
  • Enquanto isso, processos administrativos e criminais seguem em ritmo de tartaruga

"É o tipo de coisa que faz a gente perder a fé na Justiça", comentou um servidor público que preferiu não se identificar. E não é pra menos! O caso levanta questões incômodas sobre como o sistema trata suspeitos de corrupção em cargos estratégicos.

O jogo das cadeiras (e dos salários)

Aqui vai uma ironia que dói: o conselheiro em questão foi afastado justamente por suspeitas de desviar recursos públicos. Agora, ironicamente, continua recebendo dinheiro público enquanto a investigação — pasme — caminha a passos de formiga.

Fontes próximas ao caso revelam que a defesa do conselheiro alega que os pagamentos são "direitos adquiridos". Mas será que o contribuinte concorda com essa matemática peculiar? Num país onde hospitais faltam remédios e escolas precisam de reformas, um milhão poderia fazer diferença em muitas vidas.

O Ministério Público já acordou para o caso e promete medidas. Resta saber se serão rápidas o suficiente para impedir que a conta continue subindo. Afinal, a cada mês que passa, o rombo no erário só aumenta — e a paciência da população diminui na mesma proporção.