Trump Anuncia Centros de Alimentação em Gaza: Ação Humanitária ou Jogo Político?
Trump anuncia centros de alimentação para Gaza

Numa jogada que pegou muitos de surpresa, Donald Trump — aquele mesmo, o ex-presidente que nunca sai dos holofotes — anunciou que os Estados Unidos vão bancar a criação de centros de distribuição de comida em Gaza. A declaração veio durante um daqueles discursos cheios de firulas que só ele sabe fazer, deixando meio mundo se perguntando: "É ajuda humanitária ou cortina de fumaça?".

Segundo fontes próximas ao republicano, os tais centros seriam instalados "o mais rápido possível" — embora ninguém tenha explicado direito como isso vai rolar numa região em guerra constante. Detalhe curioso: a ideia surgiu justamente quando Trump volta a bater na tecla de que "ninguém faz política externa como ele", numa clara cutucada no atual governo Biden.

Entre a Cruz e a Espada

Enquanto organizações humanitárias comemoram a iniciativa (afinal, a ONU já avisou que Gaza tá à beira de uma catástrofe alimentar), analistas políticos torcem o nariz. "Trump nunca foi exatamente um defensor dos palestinos", lembra o professor de relações internacionais Carlos Menezes, em entrevista por telefone. "Tem cheiro de jogada eleitoral para 2024."

E olha que a coisa tá feia por lá:

  • Mais de 60% da população depende de ajuda externa para comer
  • Bloqueios econômicos dificultam a entrada até de remédios
  • Inflação nos preços dos alimentos beira o absurdo

O Outro Lado da Moeda

Numa dessas reviravoltas típicas do Oriente Médio, até o Hamas — que normalmente não troca figurinhas com Washington — "avaliou positivamente" a proposta. Mas é aquela velha história: quando americanos e palestinos parecem se entender, Israel entra na dança. E desta vez não foi diferente.

O governo Netanyahu já soltou nota dizendo que "qualquer ação em Gaza precisa de coordenação com Jerusalém". Traduzindo: não vai ser tão simples assim. E enquanto os chefões discutem, o povo palestino segue na corda bamba entre a fome e os escombros.

Uma coisa é certa: se os tais centros de alimentação saírem do papel, vão marcar o primeiro grande movimento humanitário americano na região desde... bem, desde nunca. Resta saber se é solução ou propaganda. Como diria meu avô: "De boas intenções, o inferno tá cheio."