
Poucas horas são suficientes para o cenário geopolítico virar de cabeça para baixo. E foi exatamente o que aconteceu após o encontro entre Volodymyr Zelensky e Joe Biden na Casa Branca. A Rússia, num movimento que especialistas já chamam de "resposta calculada", desencadeou uma das maiores ofensivas aéreas contra a Ucrânia nas últimas semanas.
Drones e mísseis de cruzeiro — muitos deles, diga-se de passagem — atingiram alvos em múltiplas cidades. A capital Kiev, Kharkiv no leste, e até Lviv no oeste, relativamente mais protegida, sofreram com explosões que ecoaram pela madrugada. O barulho dos ataques antiaéreos tornou-se a trilha sonora macabra de mais uma noite de terror.
O Preço da Guerra que Não Cessa
E não foram apenas edifícios ou infraestruturas que pagaram o preço. Pessoas. Gente comum tentando sobreviver. As autoridades ucranianas confirmam, com a voz pesada de quem já perdeu a conta, pelo menos cinco mortos e dezenas de feridos. Números que, francamente, nunca capturam a real dimensão da tragédia humana.
O timing, é claro, não parece casual. "Uma coincidência? Improvável", arrisca um analista que preferiu não se identificar. O ataque massivo ocorreu meras horas após Zelensky sair dos Estados Unidos, onde fez um apelo dramático por mais apoio militar. Um recado claro de Moscou, como se dissesse: "vejam, seus armamentos não nos intimidam".
A Resposta Ucraniana e o Silêncio Estridente
Do outro lado, a defesa aérea ucraniana trabalhou a todo vapor. Alegam ter abatido uma porção significativa dos projéteis — drones Shahed iranianos e mísseis de cruzeiro lançados de aviões Tu-95MS. Mas convenhamos, interceptar tudo é uma tarefa hercúlea, quase impossível. Alguns sempre escapam.
E o Kremlin? Ah, o silêncio de sempre. Nenhum comentário, nenhuma afirmação. A máquina de guerra segue girando, alimentada por uma narrativa que o mundo exterior já não consegue mais decifrar.
Enquanto isso, a vida — ou o que restou dela — tenta se reorganizar entre os escombros. O inverno se aproxima na Ucrânia, trazendo consigo não apenas o frio, mas a promessa sombria de mais ataques contra uma infraestrutura energética já combalida. O que vem pela frente, meus amigos, é uma temporada de provações duríssimas.