O Conselho de Segurança da ONU virou um barril de pólvora nesta quarta-feira. O motivo? Um plano israelense — ainda não oficializado, mas vazado — que prevê a ocupação militar de Gaza pós-conflito. A coisa tá feia, e os ânimos lá em Nova York não estão nada calmos.
O que diz o tal plano?
Pelos cantos dos corredores da ONU, circula um documento que deixou até os diplomatas mais experientes de cabelo em pé. Israel, segundo essas informações, quer estabelecer uma "zona de segurança temporária" (leia-se: ocupação militar) em Gaza depois que a poeira da guerra baixar. Detalhe: sem prazo definido para acabar.
Não é de hoje que a comunidade internacional torce o nariz para ações unilaterais na região. Mas dessa vez, o buraco parece mais embaixo. Alguns embaixadores chegaram a comparar a proposta com situações históricas que... bem, não terminaram bem.
Reações que falam mais que discursos
Enquanto isso, nas redes sociais, a hashtag #GazaSobAtaque voltou aos trending topics. De um lado, apoiadores de Israel argumentam que é uma medida necessária para segurança. Do outro — e essa é a maioria —, vozes acusam o país de "disfarçar colonialismo como autodefesa".
O Brasil, sempre equilibrista, emitiu uma declaração que diz muito ao dizer pouco: "Qualquer solução deve respeitar o direito internacional". Traduzindo? Tamo de olho, mas não vamos botar lenha na fogueira.
E agora, José?
Analistas políticos estão divididos. Uns veem isso como manobra eleitoral do governo Netanyahu. Outros apostam que é blefe para pressionar o Hamas nas negociações. Uma coisa é certa: a ONU não vai engolir essa sem dor. A Rússia já adiantou que vai vetar qualquer resolução que cheire a aprovação tácita.
Enquanto os diplomatas discutem, em Gaza a realidade é outra. Hospitais superlotados, falta de água e comida, crianças que não sabem mais o que é uma noite sem bombardeios. E o mundo? O mundo assiste — alguns com ódio, outros com indiferença — a mais um capítulo dessa tragédia sem fim à vista.
