
Não é exagero dizer que a situação em Gaza atingiu um nível de horror quase indescritível. A fundação criada pelo icônico Nelson Mandela — sim, aquele que lutou contra o apartheid — está levantando a voz para denunciar o que classifica como "genocídio em curso". E quando uma organização com esse histórico fala, o mundo deveria parar para ouvir.
Segundo relatos que chegam da região — fragmentados, é verdade, porque a comunicação por lá está mais difícil que encontrar água potável —, os números são de cortar o coração: mais de 40 mil mortos, a maioria civis que não tinham para onde correr. Mulheres, crianças, idosos... gente que só queria viver em paz.
O que diz a fundação Mandela?
A ONG, que normalmente trabalha com educação e reconciliação, soltou um comunicado tão duro quanto necessário. Eles falam em:
- Bombardeios indiscriminados em áreas residenciais (aquela velha história de "danos colaterais" que ninguém mais engole)
- Bloqueio humanitário que transformou Gaza num "campo de concentramento a céu aberto" — sim, foram essas as palavras usadas
- Destruição sistemática de hospitais e escolas, o que beira o inacreditável em pleno século XXI
"Quando você vê imagens de crianças sendo retiradas dos escombros — quando são encontradas vivas, diga-se de passagem —, fica difícil não pensar nos piores capítulos da história humana", comentou um dos diretores da fundação, em tom visivelmente abalado.
E a comunidade internacional?
Ah, essa velha pergunta... Enquanto diplomatas trocam acusações em salas climatizadas, a população de Gaza enfrenta dias sem eletricidade, sem remédios, sem o básico para sobreviver. A ONU já classificou a situação como "além do limite humanitário", mas parece que ninguém tem pressa para agir.
Curiosamente — ou não —, países que normalmente são rápidos em condenar violações de direitos humanos parecem ter desenvolvido uma surdez seletiva quando o assunto é Palestina. Será coincidência? Difícil acreditar.
Enquanto isso, nas ruas de Gaza, a realidade é outra: famílias inteiras dormindo em escombros, mães desesperadas tentando alimentar filhos com farinha e água (quando têm sorte), hospitais funcionando sem anestesia... Uma lista de horrores que não cabe em manchetes.
O que podemos fazer?
Boa pergunta. A fundação Mandela está pedindo:
- Pressão internacional concreta — não só daqueles discursos bonitos que não levam a lugar nenhum
- Abertura imediata de corredores humanitários (algo que já deveria ter acontecido ontem)
- Investigação independente sobre possíveis crimes de guerra
"Não dá mais para fingir que não está acontecendo", resume uma voluntária que preferiu não se identificar. "Ou a comunidade internacional age agora, ou daqui a pouco vão nos perguntar como permitimos que isso acontecesse diante dos nossos olhos."
E ela tem toda a razão. História tem o péssimo hábito de julgar quem ficou em silêncio.