Conselho da Europa pressiona por embargo de armas a Israel em meio a conflitos
Europa quer bloquear venda de armas para Israel

Num movimento que pegou muitos de surpresa — mas que já vinha sendo cochichado nos corredores diplomáticos —, o Conselho da Europa decidiu bater o martelo contra a venda de armas para Israel. E não foi um recado qualquer: a resolução, aprovada nesta quarta, tem gosto de denúncia formal e cheiro de crise humanitária.

Os parlamentares europeus, aqueles mesmos que costumam discutir até a cor do papel higiênico, dessa vez pareciam estar em raro consenso. A justificativa? O temor de que os armamentos estejam alimentando violações graves de direitos humanos nos territórios palestinos. Não é brincadeira de criança, não.

Os números que assustam

Só no último ano, estima-se que o comércio bélico com Israel tenha ultrapassado a casa dos bilhões de euros. Enquanto isso, organizações como a Anistia Internacional soltam relatórios que dão calafrios: "Há indícios claros de uso desproporcional da força", dizem. Será que as armas europeias estão sendo usadas para escrever essa história triste?

E olha que a coisa não para por aí:

  • A resolução pede investigação imediata sobre possíveis violações
  • Recomenda sanções a empresas envolvidas nesse comércio
  • Quer criar um mecanismo de rastreamento de armamentos

E agora, José?

Israel, é claro, não gostou nem um pouco da cantiga. O governo de Netanyahu já veio com o discurso de sempre: "Estamos nos defendendo de grupos terroristas". Mas será que defesa justifica tudo? A pergunta fica no ar, enquanto a comunidade internacional coça a cabeça.

Do outro lado, os palestinos — esses sim — comemoraram a decisão como uma pequena vitória. "Finalmente alguém está prestando atenção", disse um ativista em Gaza, onde os conflitos deixam marcas mais profundas que crateras de bombas.

O que me faz pensar: será que essa resolução vai sair do papel ou vai virar só mais um documento esquecido numa gaveta em Estrasburgo? A bola agora está com os países membros, que terão que decidir se seguem o jogo ou dão de ombros.