
Parece brincadeira, mas é sério: crianças cada vez mais novas estão sendo arrastadas para um universo que não é delas. Nas redes sociais, a linha entre a inocência e a exploração comercial da infância está ficando perigosamente tênue.
Foi pensando nisso que um projeto audacioso chegou à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A proposta — que já está causando burburinho — quer colocar um freio nessa adultização precoce que virou moda nas plataformas digitais.
O que está em jogo?
Imagine uma criança de 6 anos maquiada como adulta, posando de maneira sugestiva para ganhar likes. Ou pior: sendo usada como garota-propaganda de produtos totalmente inadequados para sua idade. Pois é, esses absurdos acontecem todos os dias — e o projeto quer acabar com isso.
Os pontos principais da proposta são:
- Proibição de conteúdos que induzam à erotização infantil
- Restrições à publicidade que explore a imagem de crianças
- Multas pesadas para quem descumprir as regras
Não é exagero dizer que estamos falando de uma verdadeira salvação para a infância digital. Afinal, quem nunca se arrepiou ao ver aqueles vídeos de crianças pequenas dançando músicas com letras explícitas?
E os influenciadores mirins?
Aqui a coisa fica complicada. O projeto não quer acabar com os canais infantis — longe disso! — mas estabelecer limites claros. A ideia é garantir que as crianças possam ser crianças, sem serem transformadas em mini-adultos para entreter o público.
"É uma questão de proteção", defendeu um dos autores da proposta. "Quando uma criança vira produto de entretenimento, perdemos todos."
E você, o que acha? Será que as redes sociais estão mesmo roubando a infância das nossas crianças? Uma coisa é certa: o debate está apenas começando.