
Parece que o governo federal está pronto para entrar de cabeça numa das discussões mais espinhosas da era digital. Segundo fontes próximas ao Planalto, o presidente Lula está prestes a sacar da cartola uma proposta que promete acender debates acalorados: proibir que adolescentes abaixo dos 16 anos tenham perfis em redes sociais sem o aval expresso dos pais.
Não é brincadeira. A medida — que ainda está sendo costurada nos bastidores — pretende colocar um freio no que especialistas chamam de "farra digital desregulada". A ideia? Criar uma espécie de "CNH das redes sociais", onde os jovens só poderiam navegar por esses mares turbulentos com supervisão adulta.
O que está por trás da proposta?
O governo alega preocupações concretas. Dados do último ano mostram que:
- 7 em cada 10 casos de cyberbullying envolvem adolescentes
- Exposção a conteúdos inadequados dobrou entre 2020-2023
- Golpes digitais mirando jovens cresceram assustadores 180%
"Não dá pra fingir que está tudo bem", disparou um assessor presidencial que preferiu não se identificar. "Estamos vendo uma geração inteira sendo devorada viva pelo algoritmo."
Mas será que vai pegar?
Aqui é que a porca torce o rabo. Juristas já avisam: implementar essa medida vai ser como enxugar gelo. Entre buracos legais e a dificuldade prática de fiscalização, muitos duvidam que a proposta saia do papel como imaginado.
E tem mais. Alguns especialistas em desenvolvimento infantil estão com a pulga atrás da orelha. "Proibir não educa", critica a psicóloga Fernanda Castro. "É como trancar a criança no quarto em vez de ensinar a atravessar a rua."
Do outro lado, pais divididos. Enquanto alguns comemoram a possível "trégua" no bombardeio digital, outros torcem o nariz. "Meu filho de 15 anos sabe mais de tecnologia que eu", confessa o empresário Carlos Moraes. "Vou ter que pedir permissão pra ele me explicar como autorizar a conta dele?"
E as redes sociais?
Ah, as gigantes da tecnologia... Elas estão mais quietas que muriçoca em dia de vento. Nenhum dos grandes players quis comentar oficialmente, mas fontes do setor revelam que já estão se preparando para o que chamam de "mais uma tempestade regulatória".
Uma coisa é certa: se a medida avançar, vamos ver uma corrida por sistemas de verificação de idade mais sofisticados — e provavelmente mais polêmicos. Já imaginou ter que enviar selfie com documento do filho para o Meta ou TikTok?
Enquanto isso, nas quebradas da internet, a galera já está dando pitaco. Memes sobre "adolescentes fugindo do controle parental" viralizam, e a hashtag #ProibidoSerAdolescente já acumula milhares de menções.
O fato é que, querendo ou não, o Brasil pode estar prestes a virar caso de estudo global no delicado equilíbrio entre proteção infantil e liberdade digital. E você, acha que é caminho certo ou exagero bem-intencionado?