
A tão falada redução de impostos para carros populares, anunciada pelo governo, está longe de ser a solução mágica que muitos esperavam. Com um estilo que lembra o lendário Robin Hood, a medida promete tirar dos ricos para dar aos pobres, mas na prática, beneficia apenas 22% dos veículos produzidos no país.
Quem realmente se beneficia?
Dados recentes mostram que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) atinge principalmente modelos de entrada, mas deixa de fora uma parcela significativa do mercado. Especialistas apontam que a medida:
- Ajuda montadoras a escoar estoques de modelos menos procurados
- Não reduz significativamente o preço final para o consumidor
- Beneficia mais a indústria do que o comprador final
Impacto limitado na economia
Enquanto o governo celebra a medida como um estímulo ao setor automotivo, analistas econômicos destacam que o efeito prático será mínimo. Apenas 2 em cada 10 carros novos se enquadram nos critérios para receber o desconto fiscal.
"É uma medida populista que parece boa no papel, mas na prática não resolve o principal problema: o alto custo de aquisição de veículos no Brasil", afirma um especialista do setor.