
Eis que a bola da vez é o INSS — e dessa vez, não é por causa de filas ou benefícios atrasados. A partir desta quinta-feira (24), quem teve o azar de cair na malha fina de descontos previdenciários indevidos pode finalmente respirar aliviado. O governo anunciou o início do processo de restituição, e olha só: tem gente que vai receber uma grana inesperada no bolso.
Parece piada pronta, mas não é. Só no último ano, mais de 120 mil contribuintes foram vítimas de cobranças ilegais — um verdadeiro "imposto do nada" que sumia direto do contracheque. "É como se o INSS inventasse um desconto extra só pra ver se colava", brinca um contador de São Paulo, que preferiu não se identificar.
Como vai funcionar?
O esquema é simples (pelo menos no papel):
- Quem pode receber: Trabalhadores com descontos acima da alíquota legal entre 2019-2023
- Procedimento: Não precisa entrar naquela fila virtual — o sistema identifica automaticamente
- Forma de pagamento: Direto na conta corrente cadastrada no Gov.br (e sim, tem que estar atualizada)
Mas calma lá! Não é dinheiro caindo do céu pra todo mundo. O Ministério do Trabalho avisa: só entra na fila quem realmente teve prejuízo comprovado. E adivinha? A análise tá sendo mais rigorosa que fiscal de academia em janeiro.
Os números que doem
Pra você ter ideia da encrenca:
- R$ 380 milhões — valor total a ser devolvido
- Até 5 anos — prazo máximo para solicitar a restituição
- 47 dias — tempo médio do processo após análise
E tem mais: os valores variam mais que preço de combustível. Tem caso de R$ 150, outros de R$ 12 mil. Depende de quanto foi descontado a mais e por quanto tempo. "É aquela velha história: o diabo mora nos detalhes", filosofa uma auditora aposentada que acompanha o caso.
Ah, e se você acha que é só chegar lá e pedir, se enganou. O sistema prioriza quem já tentou resolver antes e teve pedido negado. Parece até aquela promoção "clientes antigos primeiro" — só que menos divertida.
Pra não ficar no "será que eu tenho direito?", o jeito é acessar o Meu INSS e fuçar nos extratos. Se encontrar alguma cobrança suspeita, é hora de acionar o modo "caça aos direitos". Afinal, dinheiro não cresce em árvore — mas às vezes aparece onde menos se espera.