
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, nesta quarta-feira (29), negar a abertura de uma auditoria especial para fiscalizar o processo de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A decisão foi tomada após análise técnica e levantou discussões sobre os critérios de controle em operações financeiras envolvendo instituições públicas.
O que estava em jogo?
A solicitação de auditoria partiu de setores que questionavam a transparência e a conformidade legal da operação, que movimentou cerca de R$ 315 milhões. O BRB, controlado pelo Governo do Distrito Federal, adquiriu 51% das ações do Banco Master em 2023, em uma negociação que gerou polêmicas desde o início.
Argumentos do TCU
Em sua decisão, o relator do caso destacou que:
- Não há indícios concretos de irregularidades no processo
- O BRB já está submetido a controles regulares do TCU
- A operação foi aprovada pelo Banco Central e outros órgãos reguladores
Repercussão política
A decisão foi recebida com críticas por parlamentares da oposição, que prometem levar o caso ao Congresso Nacional. Já representantes do BRB afirmam que a negociação foi conduzida com total transparência e dentro dos parâmetros legais.
Especialistas em direito financeiro ouvidos pela reportagem destacam que o caso reflete a tensão permanente entre agilidade nas operações bancárias e necessidade de controle público, especialmente quando envolvem instituições com participação estatal.