
Parece que a casa caiu de vez para os Correios. A troca repentina no comando da empresa estatal — que, diga-se de passagem, já vinha dando sinais de alerta há tempos — acionou todos os sinos de emergência no Planalto e, principalmente, no Ministério da Fazenda.
O que era um boato sussurrado nos corredores virou, de repente, uma tempestade perfeita. A saída do presidente até então não foi só uma mudança de pessoal; foi o estopim que faltava para o governo admitir: a situação é crítica, e um plano de socorro está sendo desenhado às pressas.
Fazenda entra em cena e estuda injetar dinheiro público
É isso mesmo. Fontes próximas ao ministério confirmam que a equipe econômica agora analisa seriamente a possibilidade de um aporte financeiro direto para tapar o rombo. E não é pouco não — estamos falando de valores que beiram os bilhões.
Ninguém quer dizer aberta e oficialmente que a empresa quebra, claro. Mas os números não mentem: prejuízos acumulados, dívidas se avolumando e uma operação que, francamente, parece cada vez mais insustentável.
O pano de fundo? Uma combinação perigosa: custos operacionais nas alturas, concorrência agressiva do setor privado e — vá lá — uma certa lentidão na modernização do serviço.
E agora, o que esperar?
A grande pergunta que fica é: será que um novo aporte resolve o problema de vez ou é só um curativo em ferida profunda? Muita gente duvida. Especialistas em logística e finanças públicas já alertam que, sem uma reestruturação de verdade — e isso inclui cortes, revisão de contratos e, quem sabe, até mudanças no modelo de negócio —, qualquer dinheiro novo pode virar pó em pouco tempo.
Enquanto isso, o consumidor fica naquele frio na barriga. Será que os preços dos fretes vão disparar? E o serviço, melhora ou piora? Ninguém sabe ao certo, mas o clima é de apreensão.
Uma coisa é certa: o novo presidente que assumir os Correios vai herdar não só uma cadeira, mas um desafio dos grandes. E todo o país vai ficar de olho.