
Nesta quarta-feira (30), quem passou pelo Jockey Plaza Shopping, em Curitiba, teve uma surpresa visual e cheia de significado. O centro comercial — sempre antenado em causas sociais — resolveu dar um banho de cor na sua fachada, mas não foi só por estética. A ação marcou o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, data que muitos nem sabem existir, mas que deveria estar na boca do povo.
Das 18h às 23h, as luzes roxas, azuis e vermelhas tomaram conta do lugar. Cores fortes, pra chamar atenção pra um problema que é mais comum do que a gente imagina. Segundo a ONU, só em 2023, mais de 50 mil vítimas foram registradas globalmente — e esses são só os casos que vieram à tona.
Não é enfeite, é protesto
O gerente de marketing do shopping, Rafael Soares, soltou o verbo: "A gente não quer só iluminar, quer acender o debate". E deu pra sentir que a mensagem pegou. Visitantes paravam pra fotografar, crianças perguntavam o significado, e até quem tava só de passagem acabou refletindo sobre o tema — exatamente o que a campanha pretende.
Curitiba, aliás, não tá de brincadeira nessa luta. A cidade já tem até um "Observatório do Tráfico Humano", coisa que nem todas as capitais podem se gabar de ter. E olha que o Paraná é rota desse crime, principalmente por causa das fronteiras.
Como identificar?
- Ofertas de emprego milagrosas no exterior
- Alguém controlando documentos de outra pessoa
- Sinais de agressão ou medo excessivo
Se ver algo assim, não fique na dúvida: Disque 100. O silêncio é o melhor amigo dos traficantes.
E aí, o que achou da iniciativa do Jockey Plaza? Às vezes, um gesto simples como trocar as luzes pode ser o empurrão que faltava pra alguém abrir os olhos. Como dizem por aí: "Quem não é visto, não é lembrado — e vítima de tráfico já sofre demais no anonimato".