BA: Polícia prende suspeito pela morte da líder quilombola Mãe Bernadete | Justiça em Ação
Preso suspeito pela morte de líder quilombola na Bahia

A tensão que pairava sobre Ilhéus desde aquele dia terrível de maio finalmente encontrou um alívio. A Polícia Civil da Bahia anunciou a prisão de um homem, suspeito de ter participado do assassinato que chocou o estado: o da querida líder quilombola Mãe Bernadete Pacifico.

Nada menos que 63 anos, uma vida inteira dedicada à luta. Bernadete não era apenas uma nome, era um símbolo de resistência na comunidade do Quilombo do Salgado. Sua voz, que ecoava pelos direitos dos seus, foi silenciada com brutalidade. Três tiros. À queima-roupa. A crueldade do crime ainda hoje causa arrepios.

E olha, a investigação foi daquelas de persistência. Quatro longos meses de quebra-cabeça, juntando peça por peça. A delegada Tatiane Chaves, que comandou as operações, não escondia a satisfação. "A gente não mede esforços quando se trata de um caso desses", disse, com aquele tom de quem não dorme direito até fechar o cerco. O suspeito, cujo nome a polícia preferiu não divulgar pra não atrapalhar o andamento das coisas, foi localizado e preso em flagrante. Dizem que a prova era robusta, hein?

Um Legado que Não se Apaga

Mais do que prender alguém, trata-se de fazer justiça por uma vida que inspirava tanta gente. Mãe Bernadete era daquelas figuras raras — uma guardiã da cultura, uma lutadora incansável pela terra e pelo seu povo. Sua ausência deixou um vazio que é impossível de medir.

A reação das comunidades quilombolas da região foi de alívio, mas também de alerta. É como se dissessem: "ok, prenderam um, mas e o resto?». A sensação é que a violência no campo ainda é uma sombra real, um perigo constante para quem defende direitos básicos.

O caso agora segue para a Justiça. E todo mundo fica na esperança de que isso seja um passo importante. Um recado claro de que crimes contra lideranças comunitárias não vão ficar impunes. A Bahia — e o Brasil — estão de olho.