Imagine ter que enfrentar a burocracia sozinha, sem recursos e sem saber por onde começar. Para muitas mulheres em Santa Catarina, essa realidade está prestes a mudar — e de forma gratuita.
Um mutirão de cidadania está percorrendo 11 municípios catarinenses oferecendo exatamente isso: documentos básicos e orientação jurídica especializada para mulheres que mais precisam. A iniciativa, que começou nesta terça-feira (27), é uma verdadeira mão na roda para quem está em situação de vulnerabilidade.
O que está sendo oferecido?
Não é pouco, vou te dizer. A equipe está emitindo na hora:
- CPF (primeira via totalmente grátis)
- Carteira de Trabalho digital
- RG e Carteira de Identidade Nacional
- Seguro-Desemprego
- PIS/PASEP
- Carteira Nacional de Habilitação
Mas vai além da papelada — porque de que adianta ter documentos se você não conhece seus direitos? Por isso, o mutirão também conta com advogadas voluntárias que oferecem orientação jurídica em questões familiares, trabalhistas e de violência doméstica. É um serviço completo, pensado por mulheres para mulheres.
O roteiro pelo estado
A caravana da cidadania já passou por Florianópolis e São José, e agora segue para:
- Palhoça (28/08)
- Biguaçu (29/08)
- Itajaí (02/09)
- Balneário Camboriú (03/09)
- Navegantes (04/09)
- Joinville (09/09)
- Jaraguá do Sul (10/09)
- Blumenau (11/09)
- Itapema (16/09)
Cada cidade tem seu próprio ponto de atendimento, geralmente em locais de fácil acesso como centros comunitários ou praças públicas. A ideia é justamente ir até onde as pessoas estão, sem complicações.
Por que isso importa?
Você já parou para pensar como a falta de um simples documento pode travar uma vida inteira? Sem CPF, não tem conta bancária. Sem RG, não tem trabalho formal. Sem carteira assinada, não tem direitos trabalhistas. É um efeito dominó perverso que mantém milhões de brasileiras à margem da sociedade.
Essa iniciativa — uma parceria entre a Defensoria Pública da União, OAB-SC e outras instituições — tenta quebrar esse ciclo. E o faz com um olhar específico para as realidades femininas, que muitas vezes carregam duplas ou triplas jornadas.
É mais que papel e carimbo: é autonomia. É a chance de recomeçar com a documentação em dia e a lei ao seu lado.
Se você conhece alguém que precisa desses serviços, espalhe a notícia. Às vezes, a virada de chave começa com um documento que custa zero reais — mas vale uma vida inteira.
