
Era pra ser mais um treino normal de luta numa academia de Salvador, mas o que aconteceu com Samuel Marques transformou uma simples sessão de exercícios num episódio que mexeu com toda a estrutura do lugar. O cantor, que você talvez lembre da sua passagem pelo The Voice Brasil, virou o centro das atenções por um motivo que nenhum artista gostaria.
Imagine a cena: alunos se preparando para a aula, o professor organizando os pares, e então... a bomba. Um colega de treino simplesmente se recusa a lutar com Samuel. Não por medo de se machucar, não por diferença de nível técnico, mas por puro e simples preconceito racial.
"Não quero lutar com ele" - a frase que ecoou na academia
O que deveria ser um ambiente de união e respeito virou palco de constrangimento. O tal aluno, segundo relatos, não fez questão de disfarçar: rejeitou Samuel explicitamente pela cor da sua pele. E o pior? O professor, em vez de cortar a situação pela raiz, tentou contornar o problema trocando os pares como se fosse algo normal.
Samuel, é claro, não engoliu a seco. O cantor, conhecido por sua voz potente e personalidade marcante, simplesmente recolheu suas coisas e foi embora. Mas a história não terminou ali.
Das quadras para as redes: o desabafo que viralizou
Foi no Instagram que o baiano resolveu colocar pra fora toda a indignação. E olha, o que era pra ser um desabafo pessoal rapidamente ganhou proporções gigantescas. "Não dá mais pra aceitar calado", disparou Samuel, detalhando cada momento do ocorrido com uma franqueza que cortou o coração de muita gente.
As redes sociais, como era de se esperar, explodiram de solidariedade. Artistas, colegas de profissão e anônimos se uniram num coro de apoio ao cantor. A mensagem era clara: racismo não é "mimimi", não é "frescura", é crime mesmo. E dos graves.
O que acontece depois do boletim de ocorrência?
Samuel não ficou só na indignação das redes. Foi lá e fez o que tinha que ser feito: registrou queixa na delegacia. Agora, a Polícia Civil baixa investiga o caso como injúria racial - que, vale lembrar, é crime inafiançável e imprescritível desde 2023.
A academia, pressionada pela repercussão negativa, emitiu uma nota se dizendo "solidária à vítima" e prometendo apurar o acontecido. Mas será que isso basta? A pergunta que fica é: quantos outros casos assim rolam por aí e não ganham a mesma visibilidade?
O que Samuel viveu é só a ponta do iceberg de um problema que ainda assombra a sociedade brasileira. E pensar que em pleno 2025 a gente ainda precisa lembrar que racismo não é opinião, é crime... é de cair o queixo.
Enquanto isso, o cantor segue firme na carreira musical, mostrando que talento e resistência andam juntos. E que, mesmo com pedras no caminho, a voz dele - tanto literal quanto metaforicamente - não vai se calar.