Justiça condena empresa a indenizar autista demitido após pedir adaptações no trabalho
Autista demitido por pedir adaptações ganha causa na Justiça

Imagine só: você chega no trabalho, cumpre suas funções direitinho, mas precisa de um ajuste aqui, uma adaptação ali - coisa simples, sabe? Pois é. Foi exatamente o que aconteceu com um trabalhador autista de Minas Gerais, que teve a audácia de pedir condições básicas para exercer seu trabalho.

E qual foi a resposta da empresa? Demissão. Sim, você leu certo.

O caso - que mexe com qualquer um que acredite em dignidade no trabalho - acabou parar na Justiça. E olha, o desfecho foi mais do que justo.

O que realmente aconteceu?

O trabalhador, cujo nome não foi divulgado (e faz sentido, né?), solicitou algumas adaptações razoáveis. Não era nada do outro mundo - coisas que fariam diferença no seu dia a dia profissional. Mas a empresa, em vez de dialogar, mostrou a porta.

Detalhe: ele nem tinha completado três meses de experiência. Conveniente, não?

A decisão judicial

O Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais não só entendeu a gravidade do caso como condenou a empresa a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais. Uma vitória importante, mas que levanta questionamentos: será que valores assim realmente fazem as empresas repensarem suas práticas?

A relatora do caso, desembargadora Leda Maria Silva, foi categórica. Ela destacou que a demissão ocorreu justamente após o pedido de adaptações - uma coincidência no mínimo suspeita.

O que diz a lei

Pra quem não sabe, a Lei 14.126/2021 incluiu o autismo na categoria de deficiência para todos os efeitos legais. Isso significa que empresas têm obrigação de fornecer adaptações necessárias. Não é favor - é direito.

E tem mais: a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é signatário, também prevê essas adequações. Ou seja, a empresa errou feio, errou rude.

Reflexão necessária

Cases como esse me fazem pensar: até quando vamos ver situações assim? Inclusão não é só palavra bonita no mural da empresa - tem que ser prática diária.

A verdade é que muitas empresas ainda tratam diversidade como modismo, não como compromisso. E quando um trabalhador tem a coragem de exigir seus direitos, sofrem retaliação.

Os R$ 10 mil são simbólicos, claro. Nenhum valor paga o constrangimento de ser excluído por ser quem você é. Mas é um começo - um recado claro de que a Justiça não vai fechar os olhos para discriminação disfarçada.

Que esse caso sirva de exemplo. Inclusão de verdade exige mais do que rampas e banheiros adaptados - exige mudança de mentalidade. E isso, meus amigos, não tem preço.