
Quem nunca sonhou em ter um teto próprio, hein? Pois é, parece que os paulistanos estão colocando esse desejo em prática — e como! Dados recentes mostram um salto nas vendas de imóveis na capital, e o culpado (ou herói?) tem nome: a vontade de escapar do aluguel.
Luiz Antonio França, presidente da ABRAINC, soltou o verbo em entrevista. Segundo ele, o brasileiro tá de saco cheio de jogar dinheiro fora todo mês com contratos de locação. "É um movimento claro", disparou, enquanto ajustava os óculos. "Quando a taxa básica de juros cai, como aconteceu recentemente, o apetite por financiamentos dispara."
Números que falam por si
Olha só que curioso: enquanto os aluguéis em SP bateram recorde histórico — média de R$ 2.800,00 segundo o FipeZap —, os financiamentos imobiliários cresceram 31% só no primeiro semestre. Coincidência? A matemática da vida real diz que não.
E não é só isso. A tal da "taxa de esforço" — aquela conta chata que compara sua renda com as prestações — melhorou pra caramba. "Antes, o comprometimento chegava a 35% do salário. Hoje caiu para 28%", revelou França, com ar de quem desvendou um segredo do mercado.
O lado B da história
Mas calma lá que nem tudo são flores. Especialistas alertam: o sonho da casa própria pode virar pesadelo se a planilha não fechar direito. "Tem que botar na ponta do lápis tudo: IPTU, condomínio, manutenção...", adverte a corretora Maria Silva, enquanto mostra calculadoras cheias de adesivos.
E olha que interessante: os imóveis mais cobiçados? Apartamentos de 2 quartos, entre 60m² e 70m², na faixa de R$ 500 mil. Parece que o paulistano médio quer conforto sem exageros — quem diria, né?
No fim das contas, a equação é simples (ou não): juros baixos + aluguel alto = corrida aos bancos. Resta saber se essa febre vai continuar ou se é só mais um capítulo da nossa eterna novela imobiliária.