
Imagine um lugar onde o cheiro de tacacá se mistura com o buzz de startups, e artesãos mostram suas peças ao lado de desenvolvedores de apps. Pois é, Oiapoque — sim, aquela cidade lá no extremo norte do Brasil — virou palco de uma feira que tá dando o que falar.
Não é só peixe frito
Quem pensa que evento na fronteira é só barraquinha de artesanato se enganou feio. Aqui tem desde oficina de como transformar açaí em negócio até demonstração de drones que mapeiam plantações. "A gente quer mostrar que inovação não é só coisa de São Paulo", diz uma das organizadoras, enquanto ajusta o microfone que insiste em chiar.
De garfo na mão e olho no futuro
A parte gastronômica? Nem se fala. Cozinheiras locais tão ensinando receitas que vão muito além do tradicional — tipo pirarucu ao molho de cupuaçu com técnica molecular. E olha que tem fila pra experimentar! Enquanto isso, no cantinho dos nerds, um grupo debate como blockchain pode rastrear a produção de castanha.
Ah, e pra quem acha que tecnologia e tradição não se misturam: um senhor de 70 anos tá vendendo colares de sementes enquanto explica como criou um perfil no Instagram. "Minha neta que me ensinou", conta, orgulhoso, mostrando as 23 curtidas da última foto.
Negócios na fronteira (e além dela)
O clima é de rede — no sentido literal e figurado. Empresários da Guiana Francesa cruzaram a ponte pra fechar parcerias, e pelo menos três startups já marcaram reunião com investidores. "Tá difícil escolher entre o stand de doces regionais e a palestra sobre e-commerce", brinca uma visitante, equilibrando quatro sacolas e um café.
O evento segue até sábado, e dizem por aí que no último dia vai ter até competição de chefs com ingredientes locais. Quem perder leva pelo menos umas ideias novas pra casa — ou pelo menos a barriga cheia.