Lages não é para amadores. Lá no planalto serrano, onde o vento corta como faca no inverno, uma galera está fazendo acontecer de um jeito que até mete medo. E não tô exagerando não.
Na quarta-feira, o painel "SC Que Dá Certo" botou pra quebrar no Centro Serra Convention Center. Mais de 300 pessoas - gente de negócio, sonhadores, guerreiros do dia a dia - se juntaram pra trocar uma ideia sobre o que realmente significa empreender nesses tempos do cão.
Não é fácil, mas tá dando certo
Andréa de Oliveira, uma das organizadoras, soltou a real: "Aqui em Lages a gente não espera acontecer - a gente faz acontecer". E como faz! O evento mostrou que inovação não é só palavra de startup de capital - é sobre encontrar soluções criativas pra problemas reais.
Teve história que arrepiou. Microempreendedores que começaram na garagem e hoje empregam meia dúzia de pessoas. Mulheres que viraram o jogo depois de crises pessoais das bravas. Gente que olhou pro frio, pro isolamento geográfico, pra dificuldade de acesso, e pensou: "E daí?".
O segredo? Comunidade
O que mais me pegou foi ver como essa galera se ajuda. Não é aquela competição predatória não - é um negócio de "me ensina que eu te ensino". Um networking que funciona de verdade, não só no papel.
Marcelo Soares, um dos palestrantes, mandou a braba: "Inovar aqui é sobrevivência. Não é modinha, é necessidade". E como é! As empresas que tão se dando bem são as que entenderam que precisam ser diferentes pra se destacar.
Setores que tão bombando
- Agrotech: tecnologia aplicada ao agronegócio - e olha que a região já era forte no agro tradicional
- Turismo de experiência: não basta mais mostrar a paisagem, tem que fazer o visitante sentir algo
- Economia criativa: artesanato com cara de designer, comida com história pra contar
- Sustentabilidade: negócio que não cuida do meio ambiente aqui não cola mais
O mais irado? Muita gente nem percebe que tá inovando. Faz porque precisa, porque é o jeito que encontrou. E no final, tá aí criando um ecossistema empreendedor que é puro orgulho catarina.
No final do evento, dava pra ver nos olhos da galera que não era só papinho motivacional. Era aquela energia de "bora pra cima" que só quem já tomou porrada sabe dar valor. Lages mostrou que, mesmo longe dos grandes centros, dá pra fazer diferente - e fazer direito.
