Tarifaço no RS: 140 mil empregos em risco e indústria já cogita suspender contratos
Tarifaço ameaça 140 mil empregos no RS

O Rio Grande do Sul está à beira de uma tempestade perfeita — e não, não é aquela que vem dos céus. Dessa vez, o problema tem endereço certo: a conta de luz. O chamado "tarifaço" ameaça jogar no limbo cerca de 140 mil trabalhadores, enquanto os industriais já coçam a cabeça pensando em medidas drásticas.

Não é exagero. A situação lembra aquela panela de pressão prestes a apitar — só que, em vez de feijão, o que ferve são os custos operacionais. E olha que o termômetro do desespero já marca 40°C na linha de produção.

Efeito dominó

Primeiro caem as peças pequenas: micro e pequenas empresas, aquelas que sustentam bairros inteiros. Depois, como num jogo de dominó maldito, a crise vai derrubando médias e até grandes players. "É como assistir a um filme de terror em câmera lenta", desabafa um gestor que preferiu não se identificar — afinal, ninguém quer ser o mensageiro de más notícias.

Os números assustam:

  • Setor têxtil: 23 mil postos sob risco
  • Metalurgia: 18 mil empregos na corda bamba
  • Alimentos e bebidas: 15 mil famílias em suspense

E não para por aí. O sindicato patronal já fala abertamente em algo que até pouco tempo era tabu: suspensão temporária de contratos. Sim, aquela medida que ninguém quer tomar, mas que começa a parecer inevitável — como ir ao dentista quando o dente já está latejando.

O outro lado da moeda

Claro que há quem diga que o aumento é necessário. Argumentam que sem investimentos, o sistema entra em colapso. Mas aí vem a pergunta que não quer calar: até que ponto o remédio não é pior que a doença?

Enquanto isso, nas linhas de montagem, o clima é de "farinha pouca, meu pirão primeiro". Operários trocam olhares desconfiados, gestores mordem os lábios diante de planilhas que não fecham, e o fantasma da demissão assombra o chão de fábrica.

O que você faria no lugar deles? Seguraria a onda na esperança de tempos melhores? Ou começaria a atualizar o currículo? Uma coisa é certa: o Rio Grande do Sul está prestes a virar o epicentro de um terremoto social — e dessa vez, os tremores já são perceptíveis.