
Donald Trump, ex-presidente dos EUA e candidato nas próximas eleições, está propondo uma medida econômica ousada que lembra uma tentativa fracassada de Getúlio Vargas no Brasil décadas atrás. A estratégia, que visa estimular o crescimento através de políticas protecionistas, divide especialistas.
O que Trump está propondo?
A grande aposta de Trump é a implementação de tarifas pesadas sobre importações, com o objetivo de fortalecer a indústria nacional. Essa ideia, conhecida como "protecionismo econômico", não é nova. Na década de 1950, Getúlio Vargas tentou algo similar no Brasil com o seu projeto de industrialização via substituição de importações.
O caso brasileiro: Vargas e seu plano
Getúlio Vargas, durante seu governo, buscou reduzir a dependência do Brasil de produtos estrangeiros, incentivando a produção local. No entanto, a falta de infraestrutura, tecnologia e capital humano fez com que o plano não alcançasse os resultados esperados. O Brasil acabou enfrentando inflação alta e baixo crescimento econômico na época.
Por que pode ser diferente agora?
Os EUA têm vantagens que o Brasil não tinha na época de Vargas: uma indústria consolidada, tecnologia de ponta e acesso a mercados financeiros globais. No entanto, críticos argumentam que, em um mundo globalizado, medidas protecionistas podem levar a retaliações comerciais e prejudicar a economia no longo prazo.
O que dizem os especialistas?
Economistas estão divididos. Alguns acreditam que a medida pode reindustrializar regiões dos EUA que perderam empregos para a China e outros países. Outros alertam para o risco de inflação e desorganização das cadeias globais de suprimentos.
Enquanto Trump defende sua proposta como uma revolução econômica, a história de Vargas no Brasil serve como um alerta: boas intenções nem sempre se traduzem em resultados positivos.