Milei em Apuros: Argentina Forçada a Aumentar Gastos após Revolta Eleitoral
Milei revira após derrota e aumenta gastos na Argentina

Parece que a realidade é um choque de humildade e tanto, não é mesmo? O presidente argentino Javier Milei, aquele mesmo do corte na máquina pública e do ajuste fiscal a qualquer custo, se viu encurralado após uma derrota eleitoral que ecoou como um grito de descontentamento popular.

E o que faz um governo que perde apoio nas urnas? Muda de rumo. E rápido. Num movimento que deixou muitos de queixo caído – e outros tantos com uma sensação de 'eu avisei' –, o ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou… pasmem… um aumento nos gastos públicos. Sim, você leu certo.

O Preço Político de uma Derrota

A coisa é séria. A coalizão de Milei, La Libertad Avanza, levou uma surra nas eleições de meio de mandato. E não foi uma derrota qualquer: foi um terremoto político que sacudiu os alicerces do seu projeto de governo. Quando o povo fala, até os mais radicais precisam ouvir. Ou fingir que ouvem.

O pacote de medidas? Bem mais palatável do que o remédio amargo inicial. Caputo falou em aumentar benefícios sociais, subsidiar tarifas de energia para as famílias mais vulneráveis e até retomar obras públicas paralisadas. Uma guinada de 180 graus que tem gosto de ironia. Quem diria, hein?

Entre a Teoria e a Prática

Milei chegou ao poder prometendo acabar com o 'castelismo' e a farra de gastos. Mas a política, como a vida, é cheia de contradições. Agora, o discurso é outro: 'ajustar o ajuste'. Eles chamam de 'medidas de consolidação fiscal com rosto humano'. Críticos, com menos cerimônia, chamam de puro populismo de sobrevivência.

O mercado, claro, ficou com um pé atrás. O risco-país argentino disparou, e o peso mostrou sinais de nervosismo. Porque no fim das contas, não existe almoço grátis – alguém vai ter que pagar a conta desse novo rombo nas contas públicas.

É uma encruzilhada clássica: seguir a cartilha ideológica ou ceder à pressão popular para não virar um pato manco tão cedo. Milei parece ter escolhido a segunda opção. Resta saber se essa jogada salva seu governo… ou apenas adia o inevitável.