
Parece ironia, mas é a pura realidade: o Amapá, que teoricamente escapou ileso da guerra comercial de Trump, pode ter prejuízos que beiram o absurdo. E olha que a gente nem estava no radar dos maiores afetados!
Dados recentes mostram que o estado, escondido no extremo norte do país, pode perder milhões por causa dessas tarifas — algo que ninguém esperava. "É como levar um golpe de karatê sem nem ter entrado no dojô", brinca um economista local, com aquele humor ácido de quem já viu a conta chegando.
O que está pegando?
O problema não é direto, mas indireto — e aí mora o perigo. Como o Amapá depende muito de cadeias produtivas que passam por estados mais atingidos (você aí, Sudeste), o efeito dominó é inevitável. Imagine um castelo de cartas onde alguém tira a base… só que no caso, é o seu bolso que desaba.
- Exportações de açaí? Pode esquecer o preço bom.
- Importação de insumos agrícolas? Vai ficar mais salgado que charque no sol de Macapá.
- E os pequenos produtores? Esses, coitados, nem sabem ainda o tsunami que vem por aí.
Ah, e tem mais: os projetos de infraestrutura na fronteira com a Guiana Francesa — aqueles que prometiam "transformar a região" — agora patinam por causa dos custos extras. "É tipo construir um shopping com tijolos de ouro", resmunga um engenheiro, olhando para as planilhas que não fecham.
E o governo?
Bem… digamos que as promessas são tantas quanto os buracos na BR-156. Tem plano? Tem. Efeito concreto? Até agora, só vento quente do equador. Enquanto isso, os empresários locais fazem as contas no verso da nota fiscal e torcem para não ter que demitir ninguém.
O pior? Isso pode ser só o começo. Se a coisa escalar (e tudo indica que vai), o Amapá vai descobrir na pele o que significa estar "pouco afetado" em um país muito afetado. E aí, meu amigo, não vai ter mangue que segure.