
Olha só que reviravolta no front econômico! O governo acaba de puxar da cartola uma linha de crédito nada modesta — estamos falando de R$ 30 bilhões — especificamente para amparar empresas nacionais que levaram um verdadeiro chute no estômago com a recente alta de tarifas de importação decretada pelos Estados Unidos.
Não é brincadeira. A medida, anunciada nesta terça-feira (2), vem como uma espécie de colete salva-vidas para setores que dependem daquele vai e vem de produtos com o gigante norte-americano. A ideia é simples, mas crucial: injetar liquidez e evitar que o baque dessas tarifas vire uma bola de neve, arrastando empregos e investimentos.
Como é que fica para as empresas?
Bom, se você tem um negócio que sentiu o tombo, fique de olho. Os recursos serão canalizados através do BNDES (aquele banco de fomento de sempre) e de outras instituições financeiras públicas. E olha, as condições parecem tentadoras — juros mais camaradas e prazos alongados, justamente para não estrangular quem já está com o calo doendo.
Não é todo mundo que vai poder acessar, claro. A prioridade, segundo fontes do planalto, será para companhias de médio porte, aquelas que são a espinha dorsal da nossa economia, mas que muitas vezes não têm o mesmo fôlego das grandes para aguentar uma turbulência dessas.
E o que dizem por aí?
“É uma resposta necessária, ainda que tardia”, soltou um analista de mercado que preferiu não se identificar. Ele tem um ponto: o anúncio das tarifas já vinha dando sinais, mas a velocidade da reação sempre é questionável. De qualquer forma, melhor late than never, como dizem por aí.
O clima nas entidades empresariais é de alívio cauteloso. Afinal, ninguém está festejando — é mais aquela sensação de ‘ufa, pelo menos não vamos ser abandonados à própria sorte’. A confiança, sabe como é, é um negócio frágil. Um movimento desses ajuda a segurar um pouco a onda.
O que todo mundo quer saber agora é: será suficiente? Trinta bilhões soa como uma fortuna (e é!), mas o estrago causado por uma guerra comercial é algo complexo, cheio de variáveis. Só o tempo — e a agilidade na liberação do dinheiro — vai dar a resposta final.
Uma coisa é certa: a mensagem que o governo tenta passar é de que não vai cruzar os braços. Numa economia globalizada, onde uma decisão em Washington pode causar um frio na barriga em São Paulo, ter um plano B não é luxo; é necessidade pura.