
O jogo entre a União Europeia e a China está mudando — e rápido. Ursula von der Leyen, aquela mulher que comanda a Comissão Europeia com pulso firme, soltou o verbo: estamos diante de um ponto de inflexão nas relações comerciais entre os dois gigantes. E olha que não é brincadeira.
Numa daquelas declarações que fazem os analistas coçarem a cabeça, Von der Leyen deixou claro que a UE não vai mais ficar de braços cruzados. "A balança está desequilibrada há tempos", disparou, com aquela cara de quem já viu esse filme antes. O recado? A Europa acordou para os riscos da dependência excessiva do mercado chinês.
O que está pegando?
Pois é, meu caro leitor, a coisa tá feia:
- A China compra menos da UE do que vende — e essa diferença só aumenta
- Subsídios estatais chineses distorcem a concorrência (ninguém aguenta competir com preço artificialmente baixo)
- Transferência forçada de tecnologia ainda é um osso duro de roer
Não é de hoje que a Europa fica com a pulga atrás da orelha. Mas agora, parece que resolveram botar as cartas na mesa. Von der Leyen, com seu jeito direto de alemã, deu a entender que a paciência tem limite. "Ou a China joga limpo, ou a UE vai ter que se proteger" — foi mais ou menos assim que ela colocou.
E o Brasil nessa história?
Ah, meu amigo, o Brasil pode até não ser protagonista nesse roteiro, mas é figurante importante. Com a UE e a China em atrito, nosso agronegócio pode sofrer — ou se beneficiar, quem sabe? Tudo depende de como os ventos vão soprar.
Uma coisa é certa: quando elefantes brigam, o capim sofre. E no caso, o capim pode ser nossa soja, nosso minério... enfim, você entendeu.
Enquanto isso, em Bruxelas, os burocratas já estão de olho nas medidas de proteção. Alguns falam em taxar produtos chineses, outros em incentivar a produção local. O certo? Ninguém quer uma guerra comercial, mas também ninguém aguenta levar desaforo pra casa.