
Parece que vamos reviver aqueles tempos turbulentos no comércio global. Donald Trump, agora de volta à presidência dos Estados Unidos, acaba de acender o pavio de uma bomba econômica que promete abalar os mercados mundiais.
E não foi pouco, não. O cara simplesmente anunciou tarifas de 60% sobre todos os produtos chineses que entram nos EUA. Sessenta por cento! É um número que dá até vertigem.
O Brasil no Meio do Fogo Cruzado
Agora, você deve estar se perguntando: e o que temos a ver com isso? Tudo, meu caro. Tudo mesmo. Quando esses dois gigantes começam a se estranhar, o mundo inteiro sente o baque. E o Brasil, com seu agronegócio forte, pode tanto ganhar como perder nessa briga.
Pensa comigo: se os produtos agrícolas americanos ficarem mais caros na China por causa dessas tarifas, os chineses vão precisar buscar outros fornecedores. E adivinha quem está na fila? Exatamente nós!
Mas Calma Lá que a Coisa Não é Tão Simples
Por outro lado — e sempre tem um outro lado — a China pode retaliar. E quando ela retalia, costuma mirar em produtos agrícolas. Soja, milho, carne... tudo que a gente exporta em quantidade. É como ficar no meio de um tiroteio onde você pode levar um tiro ou pegar uma granada.
Os especialistas já estão com as calculadoras na mão. Alguns dizem que pode ser uma oportunidade de ouro para o Brasil aumentar suas exportações. Outros temem que a guerra comercial possa frear a economia global, reduzindo a demanda por todas as commodities.
Os Números que Assustam
Só para você ter ideia da dimensão dessa briga:
- EUA e China trocaram mais de US$ 575 bilhões em mercadorias no ano passado
- As tarifas médias americanas sobre produtos chineses podem saltar de 19% para 60%
- O Brasil exportou US$ 104 bilhões para a China em 2024
São números que dão tontura, não é mesmo?
E Agora, José?
O governo brasileiro, por enquanto, está numa posição delicada. É como dançar numa corda bamba — de um lado, a oportunidade de conquistar mercados que os americanos podem perder; do outro, o risco de a China fechar as portas para nossos produtos em retaliação.
Uma coisa é certa: os próximos meses prometem ser de muita apreensão para nossos exportadores. Vai dar frio na barriga acompanhar cada movimento dessa guerra comercial que, francamente, parece mais um jogo de xadrez onde as peças são economias nacionais.
O que me preocupa — e deve preocupar a todos nós — é que nessas guerras de gigantes, quem costuma se machucar são justamente os países em desenvolvimento. O Brasil já tem desafios suficientes sem precisar lidar com tsunamis comerciais importados.
Mas, bem, não adianta chorar sobre o leite derramado. O jeito é ficar de olho nos desdobramentos e torcer para que nossos negociadores saibam jogar esse jogo complicado. Porque uma coisa é certa: quando os elefantes brigam, a grama que sofre.