
A Argentina, país que viveu uma das piores crises inflacionárias da América Latina nos últimos anos, acaba de registrar uma queda histórica de 80% na inflação - o menor índice em cinco anos. Os dados, divulgados nesta semana, mostram que o índice de preços ao consumidor chegou ao patamar mais baixo desde 2019.
O que explica a queda drástica?
Especialistas apontam três fatores principais para essa virada econômica:
- Controle monetário mais rígido: O Banco Central argentino adotou medidas duras para conter a emissão de moeda
- Acordos com credores internacionais: A renegociação da dívida externa trouxe alívio às contas públicas
- Queda no consumo: O poder de compra reduzido acabou contendo a pressão sobre os preços
Impactos no dia a dia dos argentinos
Nas ruas de Buenos Aires, já é possível perceber alguns efeitos dessa desaceleração inflacionária. Produtos básicos como carne e leite apresentaram reduções significativas nos últimos meses. No entanto, economistas alertam que a recuperação ainda é frágil e depende da manutenção das políticas econômicas atuais.
Comparativo com o Brasil
Enquanto a Argentina comemora essa queda, o Brasil segue com inflação acima do centro da meta. A diferença nas políticas econômicas dos dois países ajuda a explicar os cenários distintos:
- Taxa de juros mais alta no Brasil
- Maior estabilidade política brasileira
- Diferentes estratégias de controle de preços
Analistas destacam que, apesar da melhora argentina, o país vizinho ainda tem um longo caminho para recuperar a estabilidade econômica plena.