
O economista Gabriel Galipolo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, sinalizou nesta semana uma possível nova redução da taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Em análise exclusiva, Galipolo destacou que os indicadores econômicos recentes reforçam o cenário para mais um corte, embora em ritmo moderado. "A inflação sob controle e o crescimento ainda tímido criam espaço para afrouxamento monetário", afirmou.
Os números que sustentam a previsão
Dados do último IPCA-15 mostraram desaceleração nos preços, ficando abaixo das expectativas do mercado. Paralelamente, o PIB do primeiro trimestre apresentou crescimento modesto, reforçando a tese de estímulo econômico.
Possíveis cenários para a decisão:
- Corte de 0,25 pontos percentuais (cenário base)
- Manutenção da taxa atual (caso havíamos surpresas negativas)
- Redução mais agressiva de 0,50 pp (pouco provável)
Impactos no bolso do brasileiro
Se confirmado o corte, os principais efeitos serão:
- Redução gradual dos juros para empréstimos e financiamentos
- Pressão de baixa nos rendimentos de aplicações de renda fixa
- Estímulo ao consumo e ao crédito
Especialistas alertam, porém, que o BC deverá manter linguagem cautelosa em seu comunicado, evitando criar expectativas de ciclo prolongado de cortes.