
Pois é, o cenário cooperativista está mesmo a mudar — e a ritmo acelerado. A terceira edição da GoCoop, aquela maratona tecnológica que já nasceu com fama de ferramenta disruptiva, superou todas as expectativas. E olha que a fasquia estava lá no alto.
Mais de 180 mentes brilhantes, divididas em 45 equipas, mergulharam de cabeça num desafio que parecia impossível: reinventar o cooperativismo através da tecnologia. Três dias. É só isso que tinham. Três dias para conceber, prototipar e apresentar soluções que muitos nem sequer imaginaram ser possíveis.
E o resultado? Bem, é seguro dizer que a criatividade foi tanta que quase não couberam nas salas do Sistema OCB/GO.
Os Três Finalistas: Muito Mais Que Apenas Ideias
O pódio ficou definido, e cada um dos projetos finalistas traz consigo uma proposta singular — cada qual com seu charme e potencial transformador.
- Cooperativa 4.0: esta equipa trouxe à mesa uma plataforma digital que, pasme-se, une gestão inteligente e transparência radical. Querem tornar processos administrativos tão fluidos que até os mais resistentes à tecnologia vão aderir.
- CoopTech: imagina conseguir acompanhar cada etapa da produção agro através do telemóvel? Foi exactamente isso que propuseram — um sistema de rastreio em tempo real que promete aproximar produtor, cooperativa e consumidor final.
- AgroConecta: eis uma ideia que veio para descomplicar a vida no campo. Através de uma app intuitiva, facilitam a comunicação e a partilha de recursos entre cooperados, eliminando barreiras que há décadas atrasam o sector.
Não foram apenas ideias bonitas. Os protótipos funcionais e os pitchs afiados deixaram a bancada avaliadora com aquela expressão — sabe qual é — de quem vê o futuro a acontecer ali mesmo, na sua frente.
O Que Isso Tudo Significa Para o Cooperativismo?
Para além dos prémios e do reconhecimento, o verdadeiro valor da GoCoop está na sua capacidade de gerar impacto real. Estas soluções não ficarão engavetadas. Elas serão incubadas e aceleradas pelo próprio Sistema OCB/GO, com potencial real de implementação nas cooperativas goianas.
— Isto aqui é só o começo — comenta um dos organizadores, visivelmente satisfeito. — Estamos a plantar as sementes de um cooperativismo mais digital, eficiente e, acima de tudo, mais próximo das pessoas.
E não para por aí. A maratona revelou-se também um potentíssimo ambiente de networking. Muitas conexões foram feitas, parcerias informais surgiram e, quem sabe, dali podem nascer as próximas grandes startups do agro nacional.
Uma coisa é certa: o ecossistema de inovação de Goiás ganhou um novo fôlego. E o cooperativismo, um novo capítulo.