O Rio Grande do Sul está prestes a levar um tranco econômico que vai doer no bolso — e não é pouco. Segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o estado pode perder quase R$ 2 bilhões com as novas tarifas de importação propostas por Donald Trump nos EUA. E olha que a coisa é séria: o RS seria o segundo estado mais impactado do país, atrás só de São Paulo.
Setores no olho do furacão
Se você trabalha com calçados, móveis ou produtos de borracha, segura o coração. Esses são os ramos que mais vão sofrer — e não é exagero dizer que algumas empresas podem até fechar as portas. A CNI calcula que:
- O setor calçadista pode perder R$ 1,2 bilhão
- Móveis e madeira: R$ 400 milhões em risco
- Borracha e plásticos: R$ 200 milhões na corda bamba
Não é brincadeira. Como diz o ditado, "quando os EUA espirram, o Brasil pega pneumonia". E dessa vez, o RS está na linha de frente.
Efeito dominó na economia gaúcha
O pior? Isso pode virar uma bola de neve. Menos exportações significam menos empregos, menos investimentos e — adivinhe só — menos dinheiro circulando no estado. Alguns especialistas já falam em possível recessão técnica em certos polos industriais.
"A gente tá falando de famílias inteiras dependendo desses setores", comenta um economista local que prefere não se identificar. "Se as tarifas realmente entrarem em vigor, o baque vai ser sentido de Porto Alegre até o interior."
E agora, José?
Enquanto isso, o governo estadual parece estar entre a cruz e a espada. De um lado, pressiona Brasília por medidas compensatórias. De outro, tenta convencer os industriais locais a diversificarem mercados — como se fosse fácil arrumar outro comprador do tamanho dos EUA.
Uma coisa é certa: o ano que vem promete. E não no bom sentido. Resta saber se o RS vai conseguir dar a volta por cima ou se vai ficar marcado como uma das maiores vítimas dessa guerra comercial que nem começou direito.
