
Parece que o motor da economia brasileira está dando sinais claros de cansaço. E não é pouco. Os números que saíram recentemente mostram uma desaceleração que preocupa até os mais otimistas.
O que era um crescimento de 1,3% no primeiro trimestre — até que respeitável — simplesmente encolheu para míseros 0,4% no segundo. A queda foi brusca, quase um tombo. E o pior? Tudo indica que vamos fechar o segundo semestre beirando o zero. Sim, estagnação pura.
Os Números que Assustam
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a queda na tendência do ciclo econômico foi de 0,48 ponto em agosto. Não é pouco. O coordenador da FGV, um tal de Luiz Mauricio da Silva, não mexe apenas números — ele praticamente grita um alerta. A trajetória é descendente, e não há sinal verde no horizonte.
O Indicador Antecedente de Economia Brasileira (I-AE) caiu 0,5 ponto no mesmo mês. Quatro das cinco séries componentes recuaram. Quatro! Quase um apagão estatístico.
Onde Está o Problema?
Ah, a pergunta de um milhão. O consumo das famílias, que sempre foi o esteio do crescimento, está fraco. Muito fraco. E os investimentos? Nem se fala. A indústria patina, o comércio oscila, e o setor de serviços — que costuma segurar as pontas — também não está nada animador.
E não adianta culpar apenas a política monetária. Os juros altos do Copom complicam, claro, mas a desaceleração parece mais estrutural. É como se a economia estivesse sem fôlego, sem gás para continuar correndo.
E Agora, José?
As projeções não são nada animadoras. O mercado já revisou para baixo as expectativas para o PIB deste ano. E o próximo? Melhor nem olhar. A menos que algo mude drasticamente — e duvido —, vamos seguir nesse mar de languidez econômica.
O governo fala em medidas, estímulos, pacotes. Mas a verdade é que até agora pouco saiu do papel. E no mundo real, as empresas seguram investimentos, as famílias apertam o cinto, e o crescimento… bem, o crescimento vai murchando.
Não é crise ainda, mas cheira muito mal. E quando a economia desacelera assim, todo mundo sente. No emprego, no salário, no preço do pão.
Fica o alerta. A gente torce para que não seja o prenúncio de tempos mais difíceis, mas os números estão aí. E eles não mentem.