O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerada a prévia da inflação oficial, apresentou uma desaceleração significativa em outubro, trazendo um respiro para o bolso dos brasileiros. Após fechar setembro em 0,37%, o indicador recuou para 0,21% no mês atual.
Comportamento misto nos preços
Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um cenário heterogêneo entre os diferentes grupos de produtos e serviços. Enquanto algumas categorias pressionaram a inflação para cima, outras contribuíram para a desaceleração geral do índice.
Principais altas e quedas
- Alimentação e bebidas: registrou aumento de 0,53%, puxado principalmente pelos preços dos alimentos em domicílio
- Habitação: apresentou queda de 0,44%, influenciada pela redução nas tarifas de energia elétrica
- Transportes: subiu 0,36%, refletindo aumentos nos combustíveis
- Saúde e cuidados pessoais: avançou 0,54%, mostrando pressão nos preços deste segmento
Impacto no acumulado do ano
Com o resultado de outubro, o IPCA-15 acumula alta de 3,63% no ano e de 4,27% nos últimos doze meses. Esses números indicam uma trajetória mais controlada da inflação, embora ainda acima da meta central estabelecida pelo Banco Central.
Os economistas destacam que a desaceleração observada em outubro reflete, em parte, o efeito das medidas de política econômica adotadas nos últimos meses, além de um cenário externo mais favorável em relação aos preços das commodities.
Perspectivas para os próximos meses
Analistas do mercado financeiro projetam que a inflação deve continuar em trajetória de moderação nos próximos meses, embora alertem para possíveis pressões sazonais no final do ano. O comportamento dos preços dos alimentos e a evolução dos custos dos serviços serão determinantes para o fechamento do ano.
