
Puxa, que dia turbulento nos mercados! Quem acompanhou o noticiário econômico nesta segunda-feira levou um susto e tanto. O dólar comercial simplesmente decolou, fechando a sessão cotado a R$ 6,21 na venda — um aumento de 1,45% que deixou muitos investidores de cabelo em pé.
Enquanto isso, na Bovespa, o cenário foi de verdadeiro tombo. O Ibovespa, nosso principal índice acionário, despencou assustadores 1,72%, fechando nos 113.356 pontos. Uma queda que, convenhamos, não era o que ninguém esperava para começar a semana.
Mas o que diabos está acontecendo?
Bom, a coisa não é simples — nunca é, né? Os especialistas apontam que a inflação teimosa nos Estados Unidos continua pesando como uma âncora nas expectativas globais. E aqui dentro? Aqui a situação fiscal… bem, a situação fiscal não ajuda em nada.
Os números do resultado primário do governo simplesmente assustaram. Um déficit de R$ 18,6 bilhões em julho! É dinheiro que some, gente. E o mercado, claro, não gostou nem um pouco desse presente surpresa.
E tem mais — sempre tem. A alta dos juros futuros… aquela expectativa de que o Copom vai ter que segurar os juros por mais tempo… Tudo isso criou uma tempestade quase perfeita para o real levar uma surra.
Setores mais afetados na bolsa
Ninguém escapou ileso, mas alguns setores sofreram mais:
- Varejo — levou uma pancada brutal com medo do consumo murchar
- Construção civil — ficou no chão com a perspectiva de juros altos
- Bancos — até que se saíram menos mal, ironicamente
E olha só que curioso: enquanto a bolsa brasileira afundava, os mercados europeus e americanos até que seguravam relativamente bem. Nosso problema, infelizmente, tem endereço certo — e é bem localizado.
E agora, José?
O que esperar dos próximos dias? Francamente, a volatilidade veio para ficar — pelo menos até termos clareza sobre os rumos da política fiscal e monetária. Os traders estão com o dedo no gatilho, prontos para reagir a qualquer notícia.
Alguns analistas mais otimistas — sim, ainda existem alguns — acham que pode ser uma oportunidade de compra para quem tem estômago forte. Outros, mais realistas, recomendam cautela extrema.
Uma coisa é certa: setembro chegou com tudo no mercado financeiro brasileiro. E não do jeito que a gente gostaria.