Dívida Bruta do Governo Dispara e Bate Recorde Assustador: 77,6% do PIB em Julho
Dívida bruta do governo bate recorde e alcança 77,6% do PIB

Parece que a conta não para de subir, e o sinal vermelho está aceso — e bem forte. O Banco Central soltou os números dessa terça-feira (26), e a situação é daquelas que faz a gente segurar a respiração. A dívida bruta do governo geral, que inclui União, estados e municípios, disparou e chegou a nada menos que 77,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho. Um recorde histórico, pra variar.

Isso significa que, em apenas um mês, o indicador avançou 0,6 ponto percentual. E se a gente for comparar com o mesmo período do ano passado, o buraco é ainda mais embaixo: um salto de 2,3 pontos. Não é brincadeira.

Mas o que diabos é dívida bruta mesmo?

Pra quem não lembra das aulas de economia — eu mesmo preciso refrescar a memória às vezes —, a dívida bruta do governo geral é aquele montante total que o setor público deve. Inclui todos os títulos públicos federais, estaduais e municipais, além das chamadas "operações compromissadas" com o Banco Central. Basicamente, é a conta que a gente ainda vai ter que pagar.

E olha, não é surpresa pra ninguém que o governo vem gastando mais do que arrecada. Só no acumulado de 12 meses, o déficit nominal ficou na casa dos 7,47% do PIB. Em julho, isoladamente, foi 1,09%. Ou seja: a máquina pública está trabalhando no vermelho, e isso se reflete diretamente no aumento da dívida.

E tem mais...

Além da dívida bruta, outro indicador que chamou atenção foi a dívida líquida do setor público, que considera não só as dívidas, mas também os créditos e aplicações financeiras do governo. Esse índice ficou em 62,4% do PIB em julho — estável em relação a junho, mas ainda assim alta pra caramba.

Ah, e não vamos esquecer do resultado primário, aquele que mostra se o governo economizou ou gastou além da conta sem considerar os juros da dívida. Pois é: ficou negativo em R$ 17,799 bilhões no mês passado. Nos últimos 12 meses, o rombo acumulado é de R$ 330,821 bilhões. Dá pra comprar muito pão de queijo com isso, hein?

Enfim, os números estão aí. E a pergunta que não quer calar: até quando isso vai se sustentar? Porque uma hora a conta chega — e geralmente é pra todo mundo.