
Parece que o jogo ficou mais duro para os exportadores brasileiros. Na última sexta-feira (30), os Estados Unidos assinaram aquele pacote de tarifas que ninguém queria ver — e agora a Confederação Nacional da Indústria (CNI) está batendo o pé. Eles querem uma conversa pra ontem com os americanos, além de medidas internas pra proteger a indústria nacional. Não dá pra esperar, segundo eles.
"A gente não pode ficar de braços cruzados", disparou um representante da CNI, em tom que misturava preocupação com um certo desespero contido. O setor industrial já vinha sofrendo com os ventos desfavoráveis da economia global, e essa nova barreira comercial caiu como uma pá de cal.
O que está em jogo?
Os números assustam: só no primeiro semestre, as exportações brasileiras para os EUA já tinham dado uma escorregada de quase 12%. Agora, com as novas tarifas, a conta pode ficar ainda mais salgada. E olha que estamos falando de setores que empregam milhares — siderurgia, químicos, têxteis...
Não é exagero dizer que o buraco pode ficar mais embaixo. Algumas empresas já estariam revendo investimentos, segundo fontes do setor. "Quando o vizinho fecha a porteira, ou você pula o muro ou arruma outro caminho", filosofou um empresário do ramo automotivo, pedindo anonimato.
O plano B da indústria
A CNI não está só reclamando. Eles têm um cardápio de sugestões:
- Acelerar acordos comerciais com outros parceiros (União Europeia, quem sabe?)
- Linhas de crédito especiais pra quem perder mercado
- Redução de burocracia interna — porque, convenhamos, já era hora
- Incentivos fiscais pra setores mais afetados
"Tem que ter uma resposta à altura", insistiu o presidente da entidade, enquanto ajustava os óculos com um gesto que denotava cansaço. "Mas sem partir pra guerra comercial. Brasil não tem estômago pra isso."
Enquanto isso, nos corredores do Planalto, o clima é de... bem, ninguém sabe direito. O governo prometeu "ações coordenadas", mas os detalhes ainda são um mistério envolto em sigilo. Será que vão conseguir equilibrar a delicada relação com os EUA e ao mesmo tempo acalmar os ânimos da indústria? Difícil. Muito difícil.
Uma coisa é certa: as próximas semanas vão definir muito do futuro econômico do país. E você, acha que o Brasil tem musculatura pra enfrentar essa briga? Ou vamos ter que engolir mais esse sapo?