
Parece que o campo vai ganhar asfalto quente — e muito dinheiro envolvido. O governador Jorginho Mello soltou a língua nesta sexta (19) e prometeu uma verdadeira revolução nas estradas de terra que cortam as propriedades rurais de Santa Catarina. R$ 1 bilhão por ano — sim, você leu direito — só para tapar buraco e botar piche onde hoje só tem poeira e lama.
"É dinheiro que vai pingar direto no bolso do produtor", disparou o governador, com aquela cara de quem já viu caminhão atolar na época das chuvas. A grana — que não é pouca — vai sair do Fundo de Infraestrutura (Fundeinfra), um cofre que até então não fazia tanto barulho.
Onde o asfalto vai chegar?
Olha só o que tá no radar:
- Acessos a granjas (aquelas estradinhas que os caminhões de ração vivem amaldiçoando)
- Vias que levam às agroindústrias (imagina o alívio de não ter que lavar caminhão todo dia)
- Trechos críticos onde o leite, os grãos e a carne embarcam rumo ao mercado
E tem mais: segundo os técnicos do governo, cada quilômetro asfaltado pode significar até 30% de economia nos custos de transporte. Traduzindo: menos gasto com pneu, suspensão e xingamentos ao volante.
"Não é promessa, é projeto"
Jorginho — que parece ter pegado gosto por obras depois daquele temporal histórico — foi taxativo: "Isso aqui não é conversa de político em ano eleitoral". Apesar de... bem, você sabe como é. Mas ele garante que já tem até cronograma nas gavetas.
Os empresários do agro, claro, estão com os dois pés atrás. "A gente já ouviu muito discurso e viu pouco asfalto", comentou um produtor de Concórdia que prefere não se identificar. Justo. Mas desta vez, dizem, o governo catarinense parece ter achado a fórmula: vai repassar os recursos diretamente aos municípios, sem tanta burocracia.
Será? Bom, enquanto o piche não chega, o jeito é continuar rezando para não chover muito. Ou investir num bom 4x4.