Estiagem castiga o bolso: frutas e legumes disparam até 30% em setembro na região de Campinas
Frutas e legumes sobem 30% com estiagem em Campinas

Pois é, o tempo seco que vem castigando a região não está só na conversa de boteco. Ele chegou com tudo no bolso do consumidor. Um levantamento inédito do Ceasa Campinas escancarou o que muitos já sentiam no mercado: uma disparada generalizada nos preços de frutas, verduras e legumes. Estamos falando de aumentos que beiram – e em alguns casos ultrapassam – os 30% só em setembro. Assustador, não?

O termômetro oficial do supply agro da região não deixa margem para dúvidas. A seca persistente, aquela que a gente só vê em filme antigo do western, bagunçou completamente a oferta. E aí, a velha lei do mercado entra em cena: menos produto na prateleira é sinônimo de preço nas alturas.

Os vilões do momento no hortifruti

Alguns itens simplesmente explodiram. O tomate, sempre aquele drama, lidera o ranking com uma valorização que dá frio na espinha. A batata, base da alimentação de muita gente, não ficou atrás. E as folhosas? Nem se fala. Alface, couve, rúcula... tudo subindo como foguete. Parece exagero, mas é a pura realidade das barracas.

Os produtores rurais da região estão num aperto danado. A irrigação, que normalmente salva a lavoura, não está dando conta sozinha. Os custos com água e energia para manter os sistemas funcionando dispararam, e esse custo extra, claro, é repassado para o preço final. É um efeito dominó cruel, que começa no campo e termina no prato de todo mundo.

E o que esperar das próximas semanas?

A perspectiva, infelizmente, não é das melhores. Os meteorologistas não veem previsão de chuvas significativas no curto prazo. Isso significa que a pressão sobre os preços deve continuar. O consumidor, é claro, precisa se virar nos 30. A dica dos especialistas? Priorizar os produtos da estação e, sempre que possível, fugir dos itens que estão no pico da alta. Difícil, mas não impossível.

É aquela velha história: quando o clima resolve apertar, a conta invariavelmente sobra para o consumidor final. E dessa vez, o aperto foi forte. Resta torcer para as chuvas voltarem e normalizarem esse cenário, porque do contrário, a feira semanal vai continuar sendo uma experiência de tirar o fôlego – e não pela qualidade, mas pelo susto no preço.