Taxação de LCAs do agro: Favaro vê alternativa viável, mas setor alerta para risco inflacionário
Taxação de LCAs do agro divide governo e produtores

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a taxação de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) pode ser uma alternativa eficiente para equilibrar as contas públicas. A declaração acendeu um alerta no setor, que teme o aumento dos custos de produção e possíveis reflexos nos preços dos alimentos.

O que diz o governo

Em entrevista coletiva, Fávaro destacou que a medida seria temporária e focada em investimentos estratégicos para o setor. "Precisamos pensar em soluções criativas que não onerem o produtor rural", afirmou o ministro, sem detalhar alíquotas ou prazos.

Preocupações do setor

Entidades do agronegócio reagiram com cautela:

  • Risco de encarecimento do crédito rural
  • Possível repasse de custos para o consumidor final
  • Redução da competitividade internacional

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) projetou que a medida poderia elevar em até 2,5% os preços da cesta básica em 2025.

Contexto econômico

Especialistas apontam que o debate ocorre em um momento delicado:

  1. Retomada do crescimento do PIB agropecuário
  2. Pressões inflacionárias em commodities
  3. Discussão sobre reforma tributária

O Banco Central monitora o impacto potencial na meta de inflação, enquanto o mercado financeiro ajusta suas projeções para os títulos do setor.