Governo brasileiro celebra medida americana que beneficia exportadores
Autoridades do governo federal manifestaram satisfação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de eliminar a tarifa básica de 10% sobre importações americanas de produtos brasileiros como café, carne bovina, tomate e banana. A medida, anunciada em 15 de novembro de 2025, representa um alívio significativo para os exportadores do Brasil.
Ministros destacam vitória diplomática
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi um dos primeiros a se pronunciar sobre a decisão. Em suas redes sociais, o ministro classificou a redução tarifária como uma conquista para o Brasil no cenário internacional. "Os Estados Unidos anunciaram a retirada de taxas sobre diversos produtos brasileiros, uma decisão que reforça a força do nosso país", escreveu Rui Costa.
O ministro atribuiu o resultado à atuação do governo Lula, afirmando que "essa conquista é resultado da atuação firme e estratégica do governo do presidente Lula". Ele ainda destacou que a administração federal continua defendendo a soberania e os interesses nacionais nas negociações internacionais.
Pressão interna nos EUA motivou decisão
A ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também celebrou o decreto do presidente americano. Em suas redes sociais, ela escreveu: "Donald Trump reduziu tarifas sobre café, carne, banana e açaí do Brasil. Lula sabe o que faz, e quem ganha é o Brasil".
A decisão de Trump ocorreu sob forte pressão doméstica, como forma de reduzir o custo de vida dos americanos. Desde que as tarifas foram impostas a produtos importados, itens como carne e café registraram aumentos expressivos nos preços no mercado interno dos Estados Unidos.
Dados mostram que o café brasileiro chegou a subir 40% nas prateleiras dos supermercados americanos após a imposição das tarifas, criando um cenário inflacionário que pressionou a administração Trump a rever sua política comercial.
Tarifa política de 40% permanece em vigor
Apesar da eliminação da tarifa básica de 10%, a situação não está completamente resolvida para os exportadores brasileiros. A tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, imposta por motivação política, continua mantida e não há perspectiva de prazo para sua redução.
Esta tarifa política representa um obstáculo significativo para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano, mantendo parte da pressão sobre setores como o cafeeiro e o de carne bovina.
As autoridades brasileiras seguem negociando pela completa normalização das relações comerciais entre os dois países, buscando a eliminação total das barreiras tarifárias que afetam as exportações nacionais.