O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já definiu sua principal aposta para quem deve ocupar a cadeira que deixará no início do próximo ano. Segundo informações de aliados, Haddad vem trabalhando internamente o nome de Dario Durigan, atual secretário-executivo da pasta e considerado seu braço direito, como seu sucessor natural.
O plano de transição de Haddad
A movimentação para a sucessão ganha forma enquanto Haddad se prepara para dedicar-se à campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro já declarou publicamente seu desejo de colaborar com a disputa eleitoral. A expectativa entre seus colaboradores é que ele aguarde o fim das festas de fim de ano para, ainda em janeiro, ter uma conversa definitiva com Lula sobre sua saída.
A ideia, conforme apurado, é que Haddad deixe o comando do Ministério da Fazenda até fevereiro de 2026. Embora o presidente ainda não tenha tomado a decisão final, o nome de Durigan é visto com muito bons olhos no Planalto e no meio político, sendo tratado como a opção mais natural para garantir continuidade aos projetos da área econômica.
Perfil e trânsito de Dario Durigan
Dario Durigan assumiu a secretaria-executiva do ministério após a saída de Gabriel Galípolo, que hoje preside o Banco Central. Conhecido por um perfil discreto e conciliador, ele construiu uma trajetória de bastidores, mas com participação direta em negociações cruciais para o governo.
Um dos trunfos apontados por aliados é seu bom trânsito político no Congresso Nacional. Durigan participou ativamente de diversas reuniões com o presidente da Câmara, Hugo Motta, durante a discussão de projetos importantes da equipe econômica. Essa experiência prática, somada ao seu conhecimento técnico, forma o conjunto de qualidades que o coloca na frente na corrida pela sucessão.
Confiança presidencial e avaliação positiva
Além do apoio de Haddad, Dario Durigan conta com um ativo fundamental: a confiança do presidente Lula. Pessoas próximas ao Palácio do Planalto afirmam que o secretário-executivo já conquistou a credibilidade do chefe do Executivo, que valoriza sua capacidade técnica e sua habilidade de diálogo.
A avaliação positiva sobre Durigan não se restringe ao Planalto. No meio político de Brasília, ele é visto como um nome técnico e com habilidade para negociação, características essenciais para comandar uma pasta tão sensível e que exige constante articulação com o Legislativo. Sua atuação direta nas tratativas com a Câmara dos Deputados é frequentemente citada como um exemplo de seu trabalho eficiente.
Enquanto o presidente Lula não anuncia oficialmente a decisão, a articulação política segue nos bastidores. A indicação de Haddad coloca Dario Durigan no centro das especulações sobre o futuro da economia brasileira no próximo ano, em uma transição que busca equilibrar experiência técnica e capital político.