
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) está com a faca e o queijo na mão — e dessa vez o alvo são contratos suspeitos na cidade de Sorocaba. A coisa tá feia: R$ 22 milhões em acordos com empresas de paisagismo, todos sem passar pelo crivo da licitação. Alguém aí tá achando que é festa?
O que o TCE descobriu até agora
Parece brincadeira, mas não é. Enquanto o povo se vira nos 30 pra pagar conta de água, a prefeitura tava distribuindo contratos como se fossem panfletos de propaganda. Detalhe que dói: sem qualquer processo competitivo. Os fiscais do TCE, aqueles caras que não dormem no ponto, identificaram pelo menos três empresas beneficiadas.
E olha só a ironia — serviços de "embelezamento urbano" sendo investigados por... como dizer... falta de transparência? Pois é, a vida escreve os melhores roteiros.
O que diz a lei (e o bom senso)
Pela legislação — aquela que teoricamente todo mundo jurou seguir —, contratos acima de certo valor precisam obrigatoriamente passar por licitação. Mas parece que alguém achou um atalho. Ou vários. O pior? Esses acordos vinham sendo renovados automaticamente. Conveniente, não?
"Ah, mas tem emergência!" — diria algum defensor. Só que, pelo que consta, plantar árvore não é exatamente como apagar incêndio. A menos que estejamos falando de metáforas...
E agora, José?
O TCE já deu o primeiro passo: notificação à prefeitura pedindo explicações. E não vai ser aquela resposta padrão de "vamos apurar" que cola não. Os documentos têm que chegar com nome, sobrenome e RG da verdade.
Enquanto isso, na cidade conhecida pela forte presença industrial, o assunto virou água de coco nas rodas de conversa. Afinal, quando o dinheiro público vira bala perdida, todo mundo sai perdendo — menos alguns, é claro.
Fica a dúvida no ar: será que vamos descobrir quem realmente regou essa plantação de irregularidades? O tempo — e a persistência dos auditores — dirá.