
Parece que o som do saxofone vai ficar em silêncio este ano em Taubaté. A prefeitura, com as contas no vermelho, decidiu puxar o freio de mão no tradicional Festival de Jazz da cidade. E olha que não foi por falta de vontade — o motivo é tão antigo quanto o blues: falta de dinheiro.
"A situação financeira não permite", disse um porta-voz da administração municipal, com aquela cara de quem acabou de perder o último ônibus. E não é pra menos — as dívidas da prefeitura estão acumulando como pratos sujos na pia depois de um churrasco de domingo.
O festival que virou vítima da crise
O evento, que já era esperado como aquele primo legal que vem visitar no final de ano, agora foi riscado do calendário. E não pense que foi decisão fácil — parece mais aquela conversa difícil em que você tem que dizer "não" pro cachorro pedindo comida à mesa.
Alguns números que explicam a situação:
- Déficit acumulado de milhões (ninguém soube dizer exatamente quantos)
- Cortes em vários setores culturais
- Prioridade para serviços essenciais (e jazz, infelizmente, não está na lista)
E os artistas?
Bom, aí a coisa fica ainda mais triste. Músicos que já estavam se preparando — alguns até marcando viagem — agora precisam repensar os planos. "É como ensaiar por meses e cancelar o show na véspera", comentou um saxofonista local, pedindo para não ser identificado (provavelmente pra não queimar o filme com a prefeitura).
Mas nem tudo está perdido. Alguns bares e casas de cultura independentes estão coçando a cabeça pra ver se organizam algo menor, mais enxuto. Afinal, onde há fumaça... há jazz.
Enquanto isso, a prefeitura promete (com aquele tom de "dessa vez vai") que vai se reorganizar financeiramente. Só não disse quando — ou como. Até lá, os amantes do gênero terão que contentar com playlists online e a esperança de tempos melhores.