Plano Estratégico do Rio: O que esperar da cidade nos próximos 4 anos?
Plano do Rio: metas para transformar a cidade até 2029

Quem vive no Rio sabe: a cidade é um organismo vivo, pulsante e cheio de contradições. E agora, um novo plano estratégico promete dar um rumo diferente para os próximos quatro anos. Será que vai funcionar? Vamos destrinchar.

O que tá no papel (e o que pode sair dele)

O tal plano – desses que políticos adoram anunciar com pompa – tem uns números ambiciosos. Falam em reduzir em 30% os tempos de deslocamento (sonho, né?), criar 50 mil vagas de emprego (só acredito vendo) e requalificar 100 áreas verdes (isso, pelo menos, parece factível).

Detalhe curioso: querem implantar um sistema de monitoramento de enchentes em tempo real. Depois do caos de 2023, qualquer coisa nesse sentido já é lucro.

Transporte: O calcanhar-de-aquiles

Ah, o transporte público... Se dependesse das promessas, já estaríamos voando em cápsulas futuristas. Mas o plano fala em:

  • Ampliar o VLT (aquele trenzinho que ou você ama ou odeia)
  • Criar mais 3 corredores de BRT (preparem-se para mais obras intermináveis)
  • Integrar bilhetagem única (só faltavam uns 20 anos pra essa ideia, né?)

Particularmente, acho que o maior desafio vai ser convencer o carioca médio a largar o carro. Boa sorte com isso.

Segurança: O elefante na sala

Aqui entra aquela parte que todo mundo lê com um pé atrás. Prometem:

  1. Redução de 15% nos homicídios (tomara que seja mais)
  2. Instalação de 2.000 novas câmeras (Big Brother carioca edition)
  3. Programas sociais em áreas de conflito (isso sim pode fazer diferença)

Mas vamos combinar? Sem melhorar educação e emprego, é enxugar gelo. E todo mundo sabe disso.

Sustentabilidade ou greenwashing?

O capítulo ambiental tem umas propostas interessantes – se saírem do PowerPoint:

Parques urbanos: Querem criar 5 novos (ótimo, mas vão manter os que já existem?)

Energia limpa: Meta de 20% dos prédios públicos com solar (por que não 50%?)

E o mais polêmico: proibição de plástico descartável até 2027. Vai dar briga com o comércio, pode anotar.

O veredito

No papel, tudo lindo. Na prática? Bom, o carioca já está acostumado a promessas que evaporam como neblina na Lagoa. Mas quem sabe, né? Afinal, como dizia meu avô: "Esperança é a última que morre – e no Rio, ela é teimosa".

Uma coisa é certa: se pelo menos metade disso sair do papel, já será um milagre. E no Rio, até milagres acontecem – de vez em quando.