
Era questão de tempo. O Palácio da Polícia de Santos, aquele gigante de concreto que já foi orgulho da cidade, agora está oficialmente condenado pela Justiça. Não é exagero dizer que o prédio está segurando as pontas — literalmente — há anos.
Segundo a decisão do juiz (que não teve dó nem piedade), o local precisa ser interditado imediatamente. Motivo? Um combo perigoso: infiltrações que parecem cachoeiras, ferros expostos como se fossem ossos quebrados e — pasme — partes da fachada que ameaçam despencar a qualquer momento.
Obra-fantasma e muito descaso
O que mais revolta é que isso tudo vem de uma reforma começada em... espere só... 2015! Dez anos de promessas, orçamentos engavetados e licitações que parecem novela das nove. Enquanto isso, o prédio — que deveria ser símbolo de segurança — virou um perigo ambulante.
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Não é difícil entender por que o juiz ficou com os cabelos em pé. Uma vistoria recente encontrou rachaduras capazes de engolir uma régua escolar inteira. Sem brincadeira.
E agora, José?
Com a interdição, a delegacia que funcionava no local vai ter que se mudar às pressas — sim, no meio daquele caos todo. Funcionários já estão fazendo as malas (de papelão, provavelmente) enquanto a prefeitura corre contra o relógio para achar um lugar decente.
O pior? Ninguém sabe quando — ou se — o palácio vai ser recuperado. O orçamento? Sumiu. O projeto? Cadê? A vontade política? Bem... você sabe a resposta.
Enquanto isso, o povo de Santos fica só olhando para mais esse elefante branco — ou melhor, amarelo e descascado — no meio da cidade. Triste fim para um prédio que já foi cartão-postal.