Jota Quest: A Paixão e o Ódio Inexplicáveis por uma das Maiores Bandas do Brasil
Jota Quest: O Amor e o Ódio por Trás do Sucesso

É um daqueles fenômenos da cultura brasileira que não dá pra explicar direito. De um lado, uma legião de fãs fiéis, que conhece cada nota, cada backing vocal de cada música. Do outro, um coro — às vezes barulhento — de críticas e… bem, vamos chamar de desdém. Por que raios tanta gente ama odiar o Jota Quest?

Parece até moda, não é? Tipo aquela série que todo mundo fala mal, mas todo mundo assiste. A verdade nua e crua é que a banda mineira, com seus mais de trinta anos de estrada, sempre fez — e faz — um pop da melhor qualidade. Daqueles que gruda na cabeça sem pedir licença.

Não é só opinião de fã club. A crítica especializada, aquela mesma que às vezes torce o nariz, já capitulou. O disco de 1998, ‘Acesso’, é frequentemente colocado no panteão dos álbuns essenciais da música nacional. Um marco. E os caras não pararam por aí.

O Pop Que Não Envelhece (Mas que Alguns Fingem que Não Gostam)

Vamos combinar uma coisa: fingir que não canta ‘Onibusfobia’ no chuveiro é hipocrisia pura. A banda tem uma capacidade rara de criar hinos que atravessam gerações. É o tipo de som que toca na festa de formatura, no casamento do primo, e daqui a vinte anos provavelmente ainda vai tocar.

E olha, fazer pop não é fácil. É muito mais difícil soletrar uma canção simples, melódica e cativante do que uma complicada cheia de firulas. O Jota Quest domina essa arte como poucos. E talvez seja exatamente isso que incomoda alguns puristas — a facilidade com que sua música é absorvida, a alegria contagiante que ela provoca.

O Preconceito Velado Contra o “Popular”

Existe um ranço intelectualizado no ar, uma certa aversão ao que faz sucesso. Se todo mundo gosta, deve ser ruim — eis a lógica torta. O Jota Quest, com seu pop bem-feito e acessível, muitas vezes cai nessa armadilha. É colocado na prateleira do “básico” por quem se acha muito sofisticado.

Que nada! A banda tem jazz, tem soul, tem uma levada de black music que poucos grupos no Brasil conseguiram replicar com tanta autenticidade. O Rogério Flausino é um vocalista dos bons, gente. Só não vê quem não quer.

E aí vem o festival The Town, ano que vem, colocando eles numa posição de destaque. Alguém duvida que o show vai lotar e a galera vai cantar tudo, palavra por palavra? Os haters de plantão que segurem seu copo de chopp com força.

No fim das contas, o suposto “ódio” é só um ruído. Um barulho de fundo que não apaga três décadas de carreira sólida, discos vendidos e — o que realmente importa — milhares de pessoas cantando juntas, felizes, em todo canto do país. O Jota Quest já ganhou. E toca aí mais um ‘Sempre Assim’ pra fechar com chave de ouro.